Após relatos de mortes por falta de cilindros com oxigênio para pacientes em tratamento de Covid-19 na rede de saúde pública do Amazonas nas últimas horas, o governador do Estado, Wilson Lima, PSC, anunciou um novo decreto com medidas mais rígidas como a proibição de circulação de pessoas das 19h até às 6h do dia seguinte.
O governador também anunciou, por meio das redes sociais do governo do Estado no fim da manhã desta quinta-feira, 14, que grupos de pacientes com o vírus serão transferidos para hospitais de outros Estados para continuar o tratamento.
“Nós estamos baixando um decreto suspendendo o transporte coletivo de passageiros entre as rodovias e os rios, exceto o transporte de carga. Estamos também decretando o fechamento de todas as atividades e a circulação de pessoas entre 19h e 6h da manhã, exceto atividades e transportes de produtos essenciais a vida. E aí teremos o funcionamento de farmácias, mas para a entrega de delivery, a circulação de pessoas que trabalham em áreas estratégicas e essenciais como saúde e segurança pública, imprensa”, disse.
O governador anunciou, também, a criação de um grupo de apoio para transferir pacientes serão para tratamento em unidades de saúde de outros Estado.
“Nós estamos montando também um grupo de apoio a esses pacientes e a esses familiares que irão se deslocar para os outros Estados que receberão esses nossos pacientes. Esse primeiro grupo irá para o Estado de Goiás como bem falou o coronel Franco, do Ministério da Saúde, e outros grupos irão para os Estados do Piauí, Maranhão, Brasília, Paraíba e Rio Grande do Norte. E aqui eu quero agradecer a esses governadores que num gesto humanitário estão estendendo a mão para que os nossos irmãos possam ser acolhidos nessas regiões e tenham o apoio necessário”, disse.
Lima também afirmou que acionou a Justiça para garantir que a empresa que fornece o oxigênio abasteça a rede hospitalar. “O Estado do Amazonas está tomando algumas providências relacionadas ao oxigênio. Nós já entramos com uma ação na Justiça contra a empresa para garantir que ela abasteça em quantidade suficiente a rede hospitalar para atender esses nossos irmãos acometidos da Covid-19”, disse.
Álik Menezes, para O Poder
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