O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse neste domingo, 17, que enviará nesta segunda-feira, 18, 50.000 doses da CoronaVac, vacina cujo uso emergencial foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ao Amazonas.
“Nós vamos destinar, do estoque das vacinas que utilizamos no estudo clínico, vamos mandar amanhã, pela manhã, com a colaboração de uma das companhias aéreas solidárias, ou TAM ou GOL ou Azul, 50 mil doses da vacina para os médicos do Amazonas, porque já não confio no Ministério da Saúde”, disse.
O Amazonas passa por uma crise por conta da alta nos casos de coronavírus no estado. Desde a semana passada, falta, inclusive, cilindros de oxigênio para pacientes que desenvolveram quadros mais complicados da Covid-19.
Questionado sobre a origem das doses, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que há vacinas enviadas pela China que eram inicialmente dedicadas a estudos clínicos. Elas que serão destinadas ao Amazonas. Segundo ele, esse envio não interfere nas quantidades computadas para o plano nacional de vacinação.
Doria disse que o governo federal não investiu “1 centavo” na vacina desenvolvida no Instituto Butantan. “A vacina do Butantan só está em São Paulo e no Brasil porque foi investimento do estado de São Paulo. Nao há 1 centavo até agora do governo federal para a vacina, nem para o estudo, nem para compra, nem para pesquisa nem para nada”.
“Chega de mentira, ministro, trabalhe para a saúde do seu povo, seja honesto, seja decente, aprenda aquilo que na escola militar o senhor aprendeu. Se o senhor não conhece medicina, o Plano Nacional de Imunização, pelo menos respeite o corpo técnico do seu ministério e respeite a verdade”, continuou.
O Amazonas passa por alta significativa no número de casos do coronavírus. O sistema de saúde está sobrecarregado.“É inacreditável o que estamos vivendo no Brasil. Pois, amanhã de manha um avião levará 50 mil doses da vacina independentemente da cota do Ministério da saúde para os profissionais de saúde do Amazonas”, declarou Doria.
Conteúdo e Foto: Poder360