Carreatas organizadas em várias cidades do Brasil saíram às ruas neste sábado, 23, pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os atos foram convocados em protesto pelo agravamento da crise do coronavírus e dificuldade do governo federal de agilizar uma ampla campanha de vacinação no país.
No início da tarde, cidades como Belém, São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Recife e Brasília já tinham carros nas ruas. O formato de carreatas foi escolhido para reduzir o risco de contágio da covid-19 durante os atos.
Na capital federal, a mobilização no Eixo Monumental e na Esplanada dos Ministérios teve buzinação e cartazes pedindo a saída do presidente. De acordo com a assessoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), cerca de 500 veículos participaram do protesto. O Batalhão de Trânsito da PM fez o acompanhamento do ato e nenhuma ocorrência havia sido registrada.
Em Belém, manifestantes também pediram a volta do auxílio emergencial, encerrado em dezembro por decisão do governo federal. Segundo a agência Estado, 500 carros participa do ato na capital paraense.
No Rio, depois de se concentrar por cerca de uma hora no monumento Zumbi dos Palmares, a carreata com cerca de 100 veículos saiu por volta do meio-dia ocupando uma faixa da avenida Presidente Vargas, uma das principais via do centro. Bandeiras, buzinas e gritos de “Fora Bolsonaro” eram ouvidos ao longo do caminho.
Nos vidros dos carros que participam dos atos pelo país, era possível ler frases como “fora Bolsonaro”, “vacina para todos” e “viva o SUS”, em referência ao Sistema Único de Saúde.
Ontem, pelo menos 18 capitais haviam confirmado a realização do protesto, entre elas, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Curitiba, Goiânia, Florianópolis, João Pessoa, Palmas, Campo Grande, Rio Branco, Maceió e Teresina.
Grupos e políticos de direita e esquerda convocaram a população para participar das manifestações. Em São Paulo, os partidos que já confirmaram participação nas carreatas são a Rede, PDT, PT, PV, PSOL, PCdoB, PSB, Cidadania e PCB.
Movimentos sociais como o Frente Povo Sem Medo, a Frente Brail Popular, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP), entre outros, também confirmaram a participação.
Conteúdo: UOL
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