novembro 22, 2024 17:53

Com a proximidade do início do ano letivo, profissionais da educação pleiteiam vacina, mas não há previsão

Na semana passada, o Ministério Público do Estado (MP-AM) recomendou ao governo do Amazonas que desautorize o retorno das aulas presenciais nas escolas particulares até que os profissionais de educação sejam vacinados contra a Covid. No entanto, apesar do aumento expressivo do número de casos de infecções pelo novo coronavírus no Estado, estes profissionais, tanto da rede municipal quanto estadual e privada de ensino, não devem ser incluídos nas primeiras etapas de vacinação contra o vírus.

O Portal O Poder entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para questionar se o Município pretende solicitar ao Ministério da Saúde que os profissionais da educação sejam vacinados antes do início das aulas.

“A Secretaria Municipal de Educação (Semed) entende que os profissionais da educação devem fazer parte dos grupos prioritários para a vacinação contra a covid-19, no entanto, a definição das prioridades na imunização é de competência do Ministério da Saúde”, informou.

A pasta disse, ainda, que as aulas presenciais só devem ocorrer após autorização dos órgãos sanitários e já trabalha para um plano de ação para o retorno. No início deste mês, o secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino, chegou a defender que as aulas da rede municipal fossem totalmente presenciais, a partir de março.

Mas, em nota enviada pela Semed nesta terça, 26, diz que o órgão preza pela segurança dos servidores e alunos e, que, por isso, a volta das atividades nas unidades de ensino só deve acontecer quando a pandemia em Manaus estiver controlada, com um número menor de infectados.

Já o governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom), informa que o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 está monitorando os indicadores epidemiológicos e de assistência à saúde, que norteiam as decisões sobre flexibilização do funcionamento de atividades, incluindo o retorno do funcionamento das escolas e a definição de grupos é feita pelo MS. Sobre o questionamento se pleitearia, não informou.

“Portanto ainda não há previsão de retomada das aulas presenciais. Sobre a vacinação de alunos e profissionais da educação, a Fundação de Vigilância em Saúde esclarece que a definição de grupos prioritários é feita conforme diretrizes do Ministério da Saúde no Plano Nacional de Vacinação.”

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que ainda não definiu o calendário letivo para o ano de 2021, devido a pandemia do novo coronavírus. No ano passado, os alunos na capital tiveram aulas híbridas.

Sinteam quer vacinação 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) enviou ofício ao governador Wilson Lima, do PSC, e ao prefeito David Almeida, do Avante, no dia 5 de janeiro, cobrando audiência para tratar do calendário de vacinação para trabalhadores e alunos da rede pública estadual e municipal antes do retorno das aulas presenciais. Passados 21 dias, o sindicato afirma não ter obtido retorno.

Rede particular 

Após assembleia geral, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM) definiu que as aulas serão realizadas de forma 100% online para resguardar a saúde, tanto dos profissionais em educação, como dos demais funcionários das escolas e dos alunos.

A vice-presidente do Sinepe-AM, Laura Cristina Vital, informou que a apresentou uma proposta ao Ministério Público do Amazonas durante uma reunião nesta terça-feira, 26, para dentro do grupo de prioritários da educação, profissionais que atuam em berçários e creches recebam a vacinação. “Eles gostaram muito da nossa sugestão”, disse.

À princípio, as aulas da rede privada de ensino estão agendadas para iniciarem na próxima segunda-feira, 1º de fevereiro.

 

 

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: Divulgação

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