Após serem duramente criticados pelo ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) em entrevista ao jornal Valor Econômico.
O presidente nacional do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), rechaçaram ter havido “traição” da direção do partido a ele ou uma adesão da sigla ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a eleição para a escolha do novo presidente da Casa.
Em nota, ACM Neto disse que Maia se “encastelou no poder conquistado e, agora, demonstra surpreendente descontrole”. Além disso, afirmou que “dá pena vê-lo deixar, de forma tão lamentável, a posição de liderança que exerceu”.
Caiado afirmou que Maia foi acometido pela “síndrome da ansiedade de poder” e foto escolhida pelo jornal para ilustrar a matéria “identifica a face de desequilíbrio do paciente”.
O candidato apoiado por Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), venceu o pleito interno com 302 votos a seu favor. Baleia Rossi (MDB-SP), nome apoiado por Maia para ser seu sucessor, ficou em segundo lugar com 145 votos.
Nos dias anteriores à eleição, a direção do DEM decidiu não mais ficar ao lado apenas de Baleia e permitiu que seus deputados federais votassem como preferissem. Antes disso, vários deputados do DEM já haviam anunciado suporte a Lira, contra a vontade de Maia.
Segundo Maia, a decisão do DEM acabou com os objetivos do partido de construir um projeto nacional, inclusive em torno de uma candidatura presidencial do apresentador da TV Globo Luciano Huck.
O deputado reafirmou que deixará o partido após se sentir traído por ACM Neto, pois, segundo ele, o ex-prefeito de Salvador havia dado sua palavra que o DEM apoiaria a candidatura de Baleia, mas recuou.
Maia também criticou Caiado por defender o bloco de Baleia, mas articular nos bastidores em favor de Lira. Segundo Maia, faltou “caráter” aos dois correligionários.
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