O projeto de lei que dá autonomia ao Banco Central pode ser votado nesta terça-feira, 9, na Câmara dos Deputados. Segundo fontes consultadas pelo O Poder, há uma articulação na casa para que o projeto seja aprovado amanhã após ter pedido de urgência apreciado. Deputados do Amazonas consultados pela reportagem são favoráveis à matéria.
Já aprovada no Senado Federal com 56 votos em novembro passado, agora deputados federais querem ultrapassar a marca de 300 votos.
Segundo texto aprovado no Senado, o projeto confere mandato de quatro anos para o presidente e diretores do Banco Central. O presidente do Brasil indicará os nomes, que após isso serão sabatinados pelos senadores e, se aprovados, assumirão os cargos no BC. Os indicados, em caso de aprovação no Senado, assumirão no primeiro dia útil do terceiro ano do mandato do presidente da República.
Dos oito deputados federais pelo Amazonas que o Portal O Poder tentou contato ao longo da tarde desta segunda-feira, 8, apenas quatro responderam e afirmaram ser favoráveis ao projeto.
Sidney Leite, do PSD, defende a autonomia do banco. “Até o último relatório, quando debatemos a proposta, sim. Sou a favor da autonomia”, enfatizou.
O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, do PL-AM, também declarou voto favorável e disse que vai defender a aprovação da matéria.
Bosco Saraiva, do Solidariedade, disse que também é a favor da autonomia e que detalhes serão analisados amanhã. “Detalhes serão analisados em reunião da bancada federal do meu partido Solidariedade, agendada para esta terça feira”, informou.
O deputados Silas Câmara, do Republicanos, se limitou a informar apenas que “sim”.
Confiante
Autor da matéria legislativa, o senador Plínio Valério, do PSDB, afirmou que acredita que a pauta será votada e aprovada ainda nesta semana.
“Eu acredito e torço para que o nosso projeto, que dá autonomia ao Banco Central, seja votado e aprovado na Câmara Federal o quanto antes. Acredito que até mesmo vai ser essa semana, tamanho o empenho do governo federal junto a sua bancada. É um tema que já se circulava no Senado há três décadas, trinta anos já se falava na autonomia do Banco Central e nunca foi adiante. Eu consegui, depois de muita articulação aprovar em um ano em meio. Isso é muito bom, vai trazer independência ao Banco Central para poder realizar a sua política, com isso vai dar segurança aos investidores externos e internos. E aqueles que já investem vão ter mais coragem, segurança de investir”, disse.
Prioritárias
A matéria faz parte da lista de 35 consideradas prioritárias pelo governo federal, que foram apresentadas na semana passada para os presidentes da Câmara, Arthur Lira, do PP-AL, e do Senado, Rodrigo Pacheco, do DEM-MG.
Álik Menezes, para O Poder
Foto: Divulgação/Câmara