A variante do novo coronavírus encontrada pela primeira vez na região britânica de Kent deve “varrer o mundo”, segundo a cientista Sharon Peacock, chefe do programa de vigilância genética Covid-19 Genomics UK, em entrevista à BBC publicada nesta quinta-feira (11).
Primeiro detectada em setembro de 2020 na Inglaterra, a mutação – considerada mais contagiosa – já foi identificada em mais de 50 países.
Para Peacock, a variante “varreu o país” e “vai varrer o mundo, com toda a probabilidade”.
Na visão da cientista, seu trabalho de sequenciamento de variantes do novo coronavírus pode ser necessário por pelo menos 10 anos, até que seja possível controlar o vírus.
“Assim que controlarmos [o vírus] ou ele sofrer mutação para deixar de ser virulento – causando doenças – podemos parar de nos preocupar com isso. Mas acho que, olhando para o futuro, faremos isso por anos. Ainda faremos isso daqui a 10 anos, na minha opinião”
O consórcio Covid-19 Genomics UK é um grupo de agências de saúde pública e instituições acadêmicas no Reino Unido criado em abril de 2020 para questões relacionadas à pandemia.
Peacock é professora de Saúde Pública e Microbiologia na Universidade de Cambridge e anteriormente foi diretora do Serviço Nacional de Infecção do governo britânico.
*Com informações de Guy Faulconbridge, da Reuters
Conteúdo CNN
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