setembro 7, 2024 19:55

Para uns cedo demais, para outros deputados troca de partido é ‘xeque-mate’

A “Janela Partidária”, artifício usado para trocar de legenda sem ser penalizado por “infidelidade”, será o momento exato para alguns detentores de cargos eletivos na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) optarem pela mudança em busca da reeleição.

Nessa conjuntura, deputados buscam o melhor cenário, com tempo de televisão, fundo partidário e estrutura para disputarem o pleito mais “tranquilos”. No entanto, em outros aspectos, a troca de partido pode ser considerada um “xeque-mate”, caso a escolha seja feita de forma errada.

Prazo 

Os parlamentares poderão mudar de legenda em abril, quando ocorre o prazo para troca de partido por meio da janela partidária. Pelas regras eleitorais estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esse prazo ocorre seis meses antes das eleições.

Aposta 

Apostando “suas fichas” na candidatura a presidente da República de Ciro Gomes (PDT) na eleição de 2022, o deputado Adjuto Afonso (PDT) afirmou que não tem motivos para mudar de partido, por enquanto, visando à reeleição para a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) no ano que vem.

Além de Adjuto, o Portal O Poder conversou com alguns deputados que até o momento consideram que ainda é cedo para tratar sobre uma possível mudança partidária.

“Com relação à mudança de partido, não tenho por enquanto nenhuma pretensão de mudança. O PDT, partido que pertenço, terá candidato próprio à presidência, Ciro Gomes, que na minha visão será uma candidatura com reais chances de vitória”, afirmou.

Caso Ciro Gomes confirme que vá disputar a presidência em 2022, essa será a quarta tentativa do “cacique político” para chegar à presidência. Gomes disputou a eleição para presidente da República em 2018, além de concorrer ao cargo em 1998 e em 2002, pelo Partido Popular Socialista (PPS).

Dentre os cargos que ocupou como político ao longo de sua carreira estão o de prefeito (em Fortaleza, entre 1989 e1990), governador do Ceará,  deputado estadual, deputado federal. Foi ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco, e da Integração Nacional no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.  Após sair do governo, foi deputado federal até 2010. Desde 2013, passou pela Secretaria Estadual de Saúde do Ceará e pela diretoria da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Em relação ao filho, o vereador Diego Afonso (PSL), Adjuto Afonso foi enfático. “O Diego está muito bem no PSL como vereador. Se eu for candidato, ele com certeza não será”, adiantou.

Voto institucional

João Luiz (Republicanos) também afirmou que não pretende deixar o atual partido para disputar a reeleição no ano que vem. “Não há a mínima intenção de sair do partido Republicanos pelo qual fui eleito em 2016 ao mandato de vereador e, em 2018, a deputado estadual”, disse.

Vale considerar que a base de João Luiz é a igreja comandada pela família Câmara e os votos do deputado correspondem ao chamado “voto institucional”, ou seja, fora do partido, o parlamentar tem mais a perder do que a ganhar, o que seria “xeque-mate” em uma provável mudança de sigla.

“Permanecerei no partido porque comungo dos princípios e preceitos defendidos pelo Republicanos, o qual é presidido e liderado pelo deputado federal Silas Câmara”, destacou.

De acordo com o deputado, o partido Republicano vem crescendo a cada pleito, o que tem contribuído para que a sigla se torne cada vez mais forte no Estado do Amazonas.

“O Republicanos está em todas as esferas legislativas com dois deputados federais, um deputado estadual e três vereadores na Câmara Municipal de Manaus. Somado a isso, o partido tem oito prefeitos no Amazonas e vários vereadores em diversos municípios do Estado. Hoje, o Republicanos tem contribuído para o desenvolvimento e progresso não apenas do Amazonas, mas também do Brasil, que tem no presidente nacional, o deputado federal Marcos Pereira, a condução para a sigla continuar fazendo diferença em nível nacional”, afirmou.

Já o deputado Ricardo Nicolau afirmou que ainda é cedo para tratar sobre as mudanças que devem acontecer nas regras eleitorais. “Não sabemos ainda, há uma possibilidade de mudanças na legislação. Ainda é muito cedo”, ressaltou.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação .

 

 

 

 

 

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