O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, anunciou nesta quarta-feira (31), os nomes do novos comandantes das Forças Armadas.
O general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira chefiará o Exército; o almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, a Marinha, e o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, a Aeronáutica.
Já o general Décio Schons, mais antigo entre os 4 estrelas da ativa, será o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas.
A escolha do general Paulo Sérgio é considerada surpreendente porque Bolsonaro se irritou com uma entrevista dada por ele dias atrás ao Correio Braziliense, em que o militar defendia o distanciamento social e dizia que o Exército seguia as recomendações da Organização Mundial de Saúde, o que explicaria, segundo ele, a menor incidência da covid-19 entre as suas tropas.
Quarto na lista de antiguidade, ele é chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército e terá como missão substituir o general Edson Pujol, que deixou o cargo com os comandantes da Marinha e da Aeronáutica, após resistir à pressão política do presidente por um alinhamento maior com o governo.
O novo comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista de Júnior vai substituir Antônio Carlos Moretti Bermudez que, em vídeo de despedida, reiterou o compromisso da FAB como instituição de Estado, em alusão às pressões políticas do governo.
O almirante Garnier Santos, segundo mais antigo da Marinha, vai suceder Ilques Barbosa.
Em seu discurso, Netto reiterou a importância das Forças Armadas no enfrentamento à covid-19, como a logística nos transportes de insumos e EPIs; na evacuação de áreas críticas, como em Manaus, e na garantia da vacinação em território indígena, por exemplo. O ministro disse que se manterá fiel aos “compromissos institucionais” e na “defesa pela democracia”.
Conteúdo e foto: Congresso em foco