O Brasil registrou hoje a segunda pior média diária de mortes por covid-19. Foram 3.109 mortos por dia, em média, nos últimos sete dias. A pior marca ocorreu em 1º de abril –3.119 mortes diárias, na média semanal.
Os dados são do consórcio de imprensa de que o UOL faz parte, que apura os números com as secretarias estaduais de Saúde. A média semanal ajuda a corrigir distorções pontuais, como as quedas que costumam ser registradas aos fins de semana.
Considerando só os dados que foram incluídos neste domingo, o país teve mais 1.824 mortes por covid-19.
Até agora, 353.293 pessoas já morreram de covid-19 no Brasil. A marca de 350 mil foi atingida ontem (11), apenas 17 dias depois de o país chegar a 300 mil vítimas da pandemia.
Já são 81 dias seguidos que o Brasil tem mais de mil vítimas da doença por dia. Hoje, nenhum outro país passa de mil mortes diárias. Isso faz do Brasil o país com o pior quadro da pandemia no mundo.
O número de pessoas que tiveram teste positivo para covid-19 atingiu 13,5 milhões, ainda segundo o consórcio de imprensa.
O Brasil em números
Na primeira onda:
- Maior número de mortes em 24h: 1.554 (19/7)
- Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
- Maior período com média acima de mil: 31 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
- Maior número de mortes em 24h: 4.211 (6/4)
- Maior média móvel de óbitos: 3.119 (1/4)
- Maior período com média acima de mil: 81 dias
- Maior número de óbitos em uma semana: 21.172 (de 4/4 a 10/4)
A pandemia nos Estados
A pandemia no Brasil está em momento de aceleração. O número de mortes de hoje, na média semanal, é 17% maior do que foi registrado 14 dias antes.
O Sudeste tem a pior situação do país, com uma aceleração de 35% na média diária de mortes. O Estado mais grave é o Rio de Janeiro vive o cenário mais preocupante do país, com aceleração de 79%.
O Centro-Oeste também tem quadro de aceleração, de 17%. As demais regiões do país apresentam cenários de estabilidade.
Apenas quatro estados apresentam queda: Rio Grande do Sul (-26%); Santa Catarina (-18%); Paraíba (-18%); e Rondônia (-15%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (28%)
- Minas Gerais: aceleração (36%)
- Rio de Janeiro: aceleração (79%)
- São Paulo: aceleração (26%)
Região Norte
- Acre: estabilidade (4%)
- Amazonas: aceleração (19%)
- Amapá: aceleração (46%)
- Pará: estabilidade (-1%)
- Rondônia: queda (-15%)
- Roraima: aceleração (37%)
- Tocantins: estabilidade (-13%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (4%)
- Bahia: estabilidade (-2%)
- Ceará: aceleração (25%)
- Maranhão: aceleração (18%)
- Paraíba: queda (-18%)
- Pernambuco: aceleração (23%)
- Piauí: aceleração (21%)
- Rio Grande do Norte: estabilidade (-2%)
- Sergipe: estabilidade (13%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (24%)
- Goiás: aceleração (18%)
- Mato Grosso: estabilidade (5%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (25%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (35%)
- Rio Grande do Sul: queda (-26%)
- Santa Catarina: queda (-18%)
- Dados do Ministério da Saúde
O Brasil contabilizou 1.803 novas mortes por covid-19 neste domingo (11), segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Até agora, 353.137 pessoas perderam a vida devido ao coronavírus, nos cálculos da pasta.
O número total de vítimas passou de 350 mil ontem. O Brasil vive a pior fase da pandemia. Desde o início de março, é o país do mundo onde mais morrem pessoas por covid-19.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, 13,5 milhões pessoas tiveram covid-19 no país até agora. O número de recuperados é de 11,9 milhões.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua exatidão.
Conteúdo UOL
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