Em meio à discussão sobre o transporte público municipal, o vereador Sassá da Construção Civil (PT) criticou a gestão do prefeito Arthur Neto (PSDB) e os vereadores da 17ª Legislatura, da qual o parlamentar fez parte em seu primeiro mandato.
“O transporte está do jeito que está por culpa nossa (dos vereadores). Em 2017, nós puxamos a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte e muitos colegas nossos não assinaram porque falaram que não ia dar em nada. Como você quer fazer trabalho e se não assina a CPI?”, questionou.
O parlamentar falou de colegas que queriam cobrar os empresários de transporte mas não assinaram a CPI, como o ex-vereador Claúdio Proença (PMN), a quem chamou de amigo. Além disso, sem citar nomes, falou de secretários municipais que dificultavam o trabalho dos parlamentares argumentando que “vereador não manda aqui (na Pasta). Por isso, a gestão passada não teve fortes movimentações na Casa Legislativa referentes ao transporte.
“Tem empresários bons, mas os picaretas continuam. Por exemplo, na Açaí que roda com ‘cacarecos’. A máfia do transporte é tão grande que se formos lá, seremos massacrados. Eu fui ameaçado de morte”, relatou.
Para Sassá, os empresários do transporte comandam a cidade. “Quando é para assinar CPI, muitos correm porque o partido não deixa. Na gestão passada, tínhamos 12 assinaturas mas não foi para frente por causa do partido. Nosso mandato é do povo, então, vereadores, vamos votar pelo povo. Eu estou há quatro anos e quatro meses aqui no Parlamento e ninguém faz nada.”, desabafou.
O parlamentar frisou que é importante uma CPI para investigar o que acontece no setor. “Os empresários falam que não tem dinheiro. Então, peguem seus ‘cacarecos velhos’ e vão embora”, concluiu o petista.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Reprodução