A Anvisa negou, por unanimidade, o pedido dos estados para importar a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto Gamaleya, da Rússia.
A agência reguladora entendeu, por exemplo, que essa vacina pode trazer riscos à saúde. Uma falha de segurança, na verdade. É que um grupo de vírus que tem na vacina, chamado adenovírus, que é responsável por produzir uma resposta imune nas pessoas se mostrou capaz de se reproduzir. E aí, poderia causar doenças, se acumular, por exemplo, nos rins, segundo a explicação dos técnicos da Anvisa, na reunião de ontem.
Outro argumento foi o de falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Os diretores falaram, inclusive, de falta de informações conclusivas sobre eventos adversos. De acordo com o painel de análises da Anvisa, 15% dos documentos não foram apresentados e 63% estão incompletos.
Os diretores negaram o pedido de importação, mas reafirmaram que a decisão foi tomada com base na ciência, em critérios técnicos, como explicou o diretor-relator Alex Campos.
Essa decisão veio dentro do prazo estipulado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowiski, que já tinha decidido que se a Anvisa não batesse o martelo em 30 dias, a vacina poderia sim, ser importada.
Conteúdo: Agência Brasil
Foto: Vladimir Gerdo/TASS