A secretária de Estado da Representação de Roraima em Brasília, Gerlane Baccarin, é investigada pelo Ministério Público (MPRR) por improbidade administrativa. Ela foi nomeada para o cargo nesta quinta-feira, 6, pelo governador, Antônio Denarium (sem partido). As investigações do MP estão relacionadas à suspeita de acúmulo indevido de remunerações.
Gerlane Baccarin informou à reportagem que tudo não passou de um erro e que inexiste improbidade administrativa.
Segundo os autos do processo, ela assumiu, ao mesmo tempo, os cargos de secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde e o de administradora na Secretaria de Estado da Gestão Estratégica e Administração (Segad), em 2016, na gestão da então governadora, Suely Campos.
Questionada sobre o caso, a assessoria de comunicação informou que o governo “não se manifesta sobre qualquer ação ou possíveis comportamentos que não tenham relação ao exercício do cargo ora ocupado, muito menos de episódios anteriores à sua entrada [de Gerlane Baccarin] no primeiro escalão”.
O que diz o MPRR
Em nota, o Ministério Público de Roraima (MPRR) informou que foi firmado um acordo de não persecução cível com Gerlane Baccarin, pois ela reconheceu o ganho indevido e assumiu a obrigação de reparar os cofres públicos.
“No momento, o processo aguarda manifestação dela, que já foi intimada nos autos. O prazo para manifestação está em andamento”, destaca o MPRR.
‘Erro administrativo’
Por mensagem enviada pelo WhatsApp, Gerlane Baccarin informou à reportagem que inexiste improbidade administrativa que, segundo ela, trata-se de uma situação grave.
“Não existe sequer processo sobre o tema. O valor, que à época o Estado continuou me pagando, mesmo eu tendo optado por receber 100% do salário do Ministério da Saúde, já está sendo ressarcido. Foi um erro administrativo, cuja matéria, inclusive, já foi decidida pela Justiça”, esclareceu a secretária.
Anderson Soares, para O Poder
Foto: Reprodução/Redes sociais