Em uma declaração ao UOL News, nesta quinta-feira, 13, o ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e médico sanitarista, Gonzalo Vecina Neto, estimou que o Brasil pode chegar a triste marca de 800 mil mortes por covid-19 até o final do ano.
“Em dois anos, chegamos em 400 mil mortes, mas, esses últimos 2, 3 meses foram de crescimento muito acelerado. Temos grandes chances de fechar o ano com 800 mil mortes. É o que eu estou estimando até o fim do ano”, disse.
Segundo o especialista, os governantes devem reforçar as medidas de prevenção, atingindo na diminuição de mortes e ampliando a imunização.
“Isso implica restrições ao funcionamento de comércio, algum modelo de funcionamento de escolas, porque não dá para deixar nossas crianças sem a possibilidade de aprender a socializar, e implica também em distanciamento social, uso de máscara e o funcionamento da CPI [da Covid], que espero que, algum dia, chegue em alguma conclusão”, reforçou.
Vecina ainda frisou que todos os óbitos em decorrência da doença foram de responsabilidade do governo federal, que recusou ofertas de vacinas da Pfizer.
“No Brasil, temos a falta de vacinas. Se tivéssemos acesso à vacina da Pfizer [no começo do ano], provavelmente estaríamos terminando de vacinar nossa população em junho. Isso significa dizer que quem morre de agora até o fim do ano se deverá ao fato de não termos comprado a vacina da Pfizer”.
Conteúdo: UOL
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