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Sem explicar os motivos, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) comunicou na noite desta segunda-feira, 17, que a oitiva do ex-secretário de Saúde Marcelo Lopes foi adiada para a próxima terça-feira, 25, às 9h.
Inicialmente, a previsão era a de que Lopes prestasse esclarecimentos aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde na manhã desta terça, 18. No entanto, apenas três médicos devem ser ouvidos hoje.
O ex-secretário de Saúde é considerado peça importante para esclarecer por que alguns médicos receberam, quando ele estava no cargo, vencimentos acima da média, conforme consta de contracheques analisados pela comissão.
O vice-presidente da CPI, deputado Nilton Sindpol (Patriota), espera que o ex-secretário compareça à oitiva marcada para a próxima semana e contribua repassando todas as informações sobre o caso investigado.
“Queremos ouvir o ex-secretário para termos certeza de como foram construídos esses salários vultosos que alguns médicos estão recebendo, haja vista que nós aprovamos uma lei na Assembleia, e existe também um decreto, regulamentando essa lei, e mais 17 portarias que são bastante controversas e confusas. Precisamos esclarecer toda a população do Estado”, explicou o parlamentar.
Faltosos
Intimados para prestar esclarecimentos na CPI da Saúde, os médicos André César Coelho Rosa da Silva e Rafael Antônio Brunele Silva faltaram à oitiva no dia 11 deste mês.
O presidente da CPI, Coronel Chagas (PRB), disse que a intimação dos médicos ocorreu após deliberação unânime da comissão, ressaltando que foram seguidos os termos regimentais e legais.
“Está deixando de cumprir uma ordem de comparecimento desta CPI alegando plantão, sendo que não foi convocado hoje nem ontem. No meu entendimento, está se descumprindo ordem legal emanada por autoridade competente, podendo incidir em descumprimento”, observou Chagas, na ocasião, sobre a justificativa apresentada por um dos médicos para não participar da oitiva.
Sem transmissão
Cinco dias antes, em 6 de maio, ao contrário de outras reuniões da CPI da Saúde, que foram transmitidas pela TV Assembleia e redes sociais, a oitiva do médico Murilo César de Melo ocorreu a portas fechadas. Na ocasião, O Poder solicitou informações à Superintendência de Comunicação da Casa Legislativa para saber os motivos de tal decisão, mas não houve resposta.
Anderson Soares, para O Poder
Foto: Divulgação