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À Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), o cirurgião geral Antônio Adenildon Santos Delmiro confirmou ter recebido mais de R$ 140 mil em abril, mas alegou que o valor se deve ao “acúmulo” de vários plantões que foram creditados apenas naquele mês.
Antônio Delmiro foi ouvido nesta quinta-feira, 20, pela CPI. Intimado na condição de testemunha, ele foi o quinto médico do quadro da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) a depor na comissão, que apura denúncia de que médicos estariam recebendo de forma indevida altos salários com valores acima do teto constitucional.
Na oitiva, o cirurgião confirmou ter recebido em abril R$ 143,5 mil. No entanto, com contracheques em mãos, justificou o alto valor em razão do acúmulo de vários plantões que só foram creditados em sua conta naquele mês. O salário-base de cirurgião geral gira em torno dos R$ 13 mil.
“Os plantões dos meses de janeiro, fevereiro e março estão todos no mês de abril. Além disso, teve uma produção que veio como extrateto. Mas tem o parecer da Procuradoria-Geral do Estado e uma portaria publicada pela Sesau que autorizam esse plantão”, informou.
O depoente confirmou, ainda, que é servidor efetivo do Estado e cumpre 40 horas semanais. Além disso, é concursado no município de Boa Vista, cumprindo 20 horas por semana em regime de plantão no Hospital da Criança Santo Antônio. Antônio Delmiro destacou não ter vínculo empregatício com unidades de saúde particulares.
A próxima oitiva está marcada para ocorrer na terça-feira, 25, com a presença do ex-secretário de Saúde Marcelo Lopes, considerado peça fundamental para esclarecer por que alguns médicos receberam acima do teto constitucional.
Anderson Soares, para O Poder
Foto: Divulgação SupCom ALE-RR