A autora do projeto de lei que busca instituir o retorno do voto impresso, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) investe dinheiro na contratação de duas empresas para proliferar conteúdo sobre o projeto, muitas vezes com desinformação. A informação é do jornal O Globo.
De acordo com o jornal, a Inovatum Tecnologia da Informação, contratada em janeiro por Kicis por R$ 2 mil mensais com recursos da cota parlamentar, gerencia o grupo de Telegram ‘VotoImpressoAuditável’.
A empresa Gohawk Tecnologia da Informação foi contatada em dezembro pela parlamentar por R$ 4,5 mil, para criar uma página que permite o cadastro de apoiadores da iniciativa e acesso ao grupo de Telegram. No total, ela gastou até o momento R$ 12,5 mil da verba parlamentar na campanha pelo voto impresso.
No grupo, criado em 7 de abril, 125 mil pessoas recebem diariamente vídeos, entrevistas e publicações de Kicis sobre o sistema eleitoral brasileiro, repletos de questionamentos sem evidências e descrença sobre o processo eletrônico. Num dos vídeos divulgados, a deputada sugere não existir garantia de que o voto do eleitor vá para o candidato escolhido.
“Depois que a gente colocou ‘confirmar’ o voto não está nem registrado. Você confirma e tem que rezar para o voto ir para o seu candidato”, diz a parlamentar.
Conteúdo: O Antagonista
Foto: Igo Estrela/Metrópoles