A cobertura de telefonia celular no interior do Estado voltou a ser pauta na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) na manhã desta quinta-feira, 27. Dessa vez, o deputado Álvaro Campelo (Progressistas) foi quem reclamou do serviço prestado em Anamã, a 161 quilômetros de Manaus, e em distritos próximos.
“Quem está viajando muito pelo interior verifica a enorme dificuldade que existe para você estabelecer qualquer tipo de comunicação, seja por ligação ou internet. Os moradores ficam ilhados, durante várias horas do dia, porque não conseguem fazer ligação”, explicou Campelo.
O parlamentar reconheceu que o problema no Estado é antigo e que não é resolvido de maneira instantânea. Esta não é a primeira vez que o deputado denuncia o serviço frágil do interior. Há dois meses, a ineficácia do serviço ofertado em Nhamundá, a 382 quilômetros de Manaus, foi relatada por Campelo. Após a denúncia, o serviço foi readequado.
“Não há como, nos dias atuais, prescindir de um serviço de telefonia, ainda mais quando é pago. O consumidor tem todo direito de fazer sua cobrança e de exigir que este serviço seja prestado de forma contínua e com qualidade”, ressaltou.
Multas reais
Abdala Fraxe (Podemos) concordou com Campelo e apontou que a solução é aplicar multas para que as operadoras telefônicas realmente sintam algum prejuízo financeiro. “É impressionante a falta de vontade dessas empresas com o nosso interior. Acabei de receber reclamações de Beruri, a 183 quilômetros de Manaus. Enquanto não sair da conta bancária, nada será feito”, lamentou.
O Poder procurou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para outros esclarecimentos, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Alberto César Araújo/Aleam