Um requerimento apresentado pelo deputado João Luiz (Republicanos) pede prioridade para o Amazonas e para demais Estados da região Norte no serviço 5G das operadoras de telefonia. Em seu discurso desta terça-feira, 1º, o parlamentar pediu aos colegas que assinassem um Requerimento de sua autoria formalizando o pedido.
“O serviço vai levar de 5 a 10 anos para chegar ao Amazonas. No interior do Estado não tem nem 4G, mas quem sabe melhora o serviço”, relatou João Luiz.
O parlamentar afirmou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não conhece a realidade do interior do Amazonas e que “vive em um mundo de ficção”.
“A falta de expansão desse empreendimento (telecomunicação) afeta a todos os setores do interior do Amazonas. O Ministério da Comunicações e a Anatel estão cientes sobre a situação”, contou o deputado.
Participação em Audiência Pública
O deputado João Luiz relatou que participou de Audiência Pública proposta por Silas Câmara (Republicanos), na Câmara dos Deputados, para discutir a qualidade da cobertura e do sinal da telefonia móvel e de internet no país. Conforme João Luiz, o representante da empresa Oi e ele mostraram dados divergentes sobre a cobertura de telefonia móvel do Amazonas.
“Os dados estavam em ‘azul’, mas os dados que mostrei mostravam níveis críticos e pioram com o passar dos anos em alguns municípios”, explicou.
Outro ponto ressaltado na reunião, e informado pelo deputado em plenário, é que a empresa TIM firmou compromisso de que terá uma loja em cada município polo do Amazonas. Serão instalados pontos de atendimento físico em sete calhas, até setembro. Por outro lado, a Vivo já possui lojas em cinco calhas e ainda falta instalar cinco pontos de atendimento. Já a Claro mantém lojas em quatro calhas e também falta instalar mais seis pontos.
5G
No início de março, a Anatel liberou a íntegra da proposta do edital da cobertura 5G. A minuta não traz os preços mínimos para cada frequência que será colocada à venda, mas traz as condições de participação, os lotes a serem vendidos e obrigações. O Tribunal de Contas da União (TCU) deve avaliar a proposta.
“O 5G trará mudanças mais profundas para aplicações industriais e de automação do que para usuários de smartphones. Esses usuários terão à disposição taxas de transmissão média e de pico muito superiores ao 4G, mas a grande inovação da quinta geração é em aplicações comerciais (como carros autônomos, cirurgias remotas, sensores em parque industrial, entre outras)”, promete a Agência Nacional.
O Poder entrou em contato com a Anatel para outras informações sobre a proposta, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Marcello Casal Junior/Agência Brasil
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins