abril 11, 2025 13:45

Deputados questionam omissão de Pazuello na crise do oxigênio no Amazonas

O comportamento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a crise de oxigênio ocorrida em janeiro no Amazonas repercutiu na Assembleia Legislativa (Aleam), nesta quarta-feira, 9. O deputado Serafim Corrêa (PSB) pediu punição e acusou o ex-dirigente da Saúde de omissão perante a crise sanitária no Estado.

De acordo com o parlamentar, dados da Policia Federal confirmam que o ex-ministro tinha conhecimento da falta de oxigênio e não atendeu ao pedido de socorro do Governo do Amazonas solicitado ao MS. “O ex-ministro Pazuello procurou tirar a sua responsabilidade e transferir ao governo do Estado. Não estou dizendo que o governo não teve responsabilidade. Mas, a Folha de São Paulo traz hoje uma novidade que assusta. É que a Policia Federal, por meio de inquérito no qual quem respondia era o general Pazuello, identificou ofícios em que o governo do Amazonas pediu socorro ao então ministro cinco dias antes de ocorrer a crise. Isso é grave porque está ficando claro que o ministro Pazuello sabia e preferiu mandar a ‘capitã cloroquina’ dizer que tinha que ser feito tratamento precoce em vez de tomar providências”, alfinetou.

Em seu discurso, Serafim Corrêa informou que o Ministério da Saúde deveria transportar cilindros de oxigênio que estavam nos aeroportos de São Paulo, Cofins e Campinas para, assim, evitar a crise de oxigênio de janeiro que ceifou vidas.

“Torço para que essas investigações avancem. Saíram do Supremo Tribunal Federal e agora tramitam numa vara em Brasília. Não estou acusado ou inocentando ninguém, mas dizendo que essa novidade tem que ser apurada e investigada para que a população do Amazonas saiba quem são os responsáveis por aquela tragédia que abateu o nosso povo e centenas de famílias ainda estão traumatizadas com as mortes ocorridas em janeiro”, ressaltou.

O deputado oposicionista Dermilson Chagas (Podemos) questionou o colega afirmou que a empresa responsável pelo fornecimento de oxigênio vinha avisando o colapso no atendimento da demanda de oxigênio para o Amazonas cinco meses antes da crise. “O oficio é uma mera comunicação que chegou num momento crítico. Anterior a isso faltou o planejamento dentro da crise”, frisou.

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Acervo O Poder

Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins

 

 

 

 

 

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