A perspectiva da geração de alternativas econômicas para desenvolver o Amazonas foi tema de pronunciamento do deputado Ângelus Figueira (DC) nesta quinta-feira, 10, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O parlamentar cobrou dos seus pares viabilidade econômica e anunciou que vai realizar, na próxima semana, audiência pública para debater a pauta com a sociedade amazonense.
“É impressionante como nós registramos no Amazonas uma situação extremamente diferente dos demais Estados do Norte, que vivem no mesmo bioma. O desenvolvimento do interior do Amazonas ficou travado nos últimos anos. Não estou advogando que se crie facilidades na questão ambiental, mas que a lei seja cumprida e os projetos importantes possam andar. O Amazonas é um exemplo no que tange a vegetação e a cobertura florestal”, afirmou.
O deputado também afirmou que é preciso avançar na questão dos recursos hídricos e que é preciso melhorar muito os debates nesse segmento. “Ninguém discute a questão das águas. As pressões são outras. Queremos propor uma audiência pública para tratar e ouvir os órgãos competentes e propor indicativos. Não podemos ficar sem uma resposta ambiental”, cobrou.
Ângelus Figueira destacou que o Amazonas tem mais de 6 milhões de hectares de reservas estaduais e é preciso destravar o manejo florestal. “A intenção é que o manejo se torne uma fonte e, acima de tudo, assegure a questão da preservação. Este é um dos caminhos para o Amazonas, mas não podemos ficar nos nossos discursos. Estamos falando de uma receita de bilhões de dólares. Estamos falando de preservação ambiental”. Ressaltou.
Na esteira do colega, Dermilson Chagas (Podemos) falou que os deputados não podem perder a esperança. O parlamentar afirmou que viu o Terceiro Ciclo, que deu estrutura e melhoria de vida para o interior, o Prosamim, que deu dignidade e moradia para muita gente, além de governos que investirem em infraestrutura com empréstimos de R$ 200 milhões em 61 municípios.
“Temos um potencial vegetal gigantesco que precisamos desvendar. Temos recursos minerais quase nada explorados para desenvolver e gerar empregos e qualidade de vida, mas precisamos de um comandante. É o meu desejo ver os irmãos do interior se firmarem na sua terra e verem seus filhos estudando, entrando na faculdade e terem seu emprego e qualidade de vida”, ressaltou.
Tony Medeiros (PSD) também defendeu o desenvolvimento do interior e questionou a burocracia que trava o Amazonas. “Não consigo entender porque tanto entrave no Amazonas. Quando se fala no desenvolvimento do setor primário, se fala, na melhor alternativa econômica de desenvolvimento para esse Estado e a não conseguimos destravar”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
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Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins