novembro 22, 2024 03:44

Pandemia: uso de biometria nas eleições de 2022 é incerto, aponta TRE-AM

Dispensada nas eleições de 2020 por conta da pandemia do Coronovírus, a biometria volta a virar pauta para as próximas eleições gerais marcadas para outubro de 2022. Procurado pela reportagem do Portal O Poder, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) afirmou que o uso do mecanismo no ano que vem no Estado do Amazonas ainda é uma incógnita e que tudo dependerá dos dados epidemiológicos da pandemia da Covid-19.

Conforme o órgão, o mecanismo de verificação de identidade que, gradualmente, vem sendo implementado desde 2008 tem 100% dos municípios no Amazonas revisados com coleta de dados biométricos. Ou seja, o Estado está apto desde as eleições de 2020 a realizar 100% da próxima votação com identificação biométrica.

Mesmo gastando milhões para registrar o maior número de impressões digitais no mínimo de tempo possível, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acabou não fazendo uso do recurso nas eleições de 2020 devido a pandemia da Covid-19. Porém, o cenário pode mudar com a celeridade no processo de vacinação.

Contato com o vírus 

Para o infectologista e diretor-presidente da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Marcus Guerra, ainda é muito cedo para se preocupar com a situação de contato com o vírus por meio do aparelho biométrico no processo eleitoral.

Segundo ele, com o caminho que a epidemia vem tomando em função do avanço da vacinação, a previsão é de que as pessoas estarão, em grande parte, imunizadas, podendo haver a interrupção da transmissão em grande escala.

Além disso, até o momento não foi identificada qualquer relevância da identificação digital ter interferido no número de contágios. O especialista ainda citou os cadastros biométricos de caixas eletrônicos e de supermercado que são extremamente utilizados, sem qualquer registro de pessoas infectadas em razão da contato com o equipamento.

O médico ainda comenta que os aparelhos podem ser usados sem qualquer problema, desde que seja feita uma desinfecção com o auxílio do álcool em gel.

“Os cuidados são os mesmos. Você faz a desinfecção do equipamento e as pessoas se protegem com uso de álcool em gel nas mãos após o uso”, afirmou.

 

 

Yasmim Araújo, para O Poder

Foto: Divulgação TRE-AM

Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins

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