setembro 7, 2024 19:45

Saúde soube de escassez de respiradores no AM um mês antes de colapso

O Ministério da Saúde soube do aumento brusco da demanda de respiradores no Amazonas quase um mês antes do colapso da rede hospitalar do Estado, em janeiro deste ano, com a disseminação da Covid-19. A informação consta em documento encaminhado à CPI da Pandemia.

Conforme a apuração de integrantes da comissão, no Senado Federal, há evidências de que o governo federal ignorou sucessivos alertas e demorou a entrar em ação para ajudar a enfrentar o problema. Em razão do agravamento da crise sanitária, pessoas morreram sem acesso a oxigênio e insumos hospitalares básicos.

O documento, enviado pelo próprio Ministério da Saúde, aponta que, a partir de 18 de dezembro de 2020, o estado do Amazonas solicitou 140 respiradores naquele mês. Já em janeiro de 2021, no dia 2, foram pleiteados mais 78 respiradores —totalizando uma demanda de 218 em um espaço de apenas 16 dias.

Não foi datado no documento se houve respostas as solicitações no espaço dedicado a apontar esse retorno.

Na avaliação de integrantes da CPI, isso mostra que as circunstâncias da rede hospitalar em dezembro já faziam de Manaus uma “bomba-relógio”.

Em 4 de janeiro deste ano, o MS foi agir no AM, enviando uma equipe à Manaus para fazer um “diagnóstico situacional de saúde e apoio emergencial”, de acordo com outro documento enviado à comissão.

Detalhado em ordem cronológica, o arquivo cita as ações da pasta realizadas in loco a partir de 4 de janeiro. O expediente operacional só teve início, de fato, em 8 de janeiro, após quatro dias de “diagnóstico”.

“Na parte do relatório referente a 10 de janeiro consta que a “prioridade zero nos serviços no dia de hoje” já era “o suprimento de oxigênio e balas de O2 para os hospitais, SPA, UPAS do estado do Amazonas”, entre outras atividades”, informa o UOL.

Em 14 de janeiro, o MS recebeu solicitação de apoio para abastecimento complementar de oxigênio para distribuição nas unidades de saúde do Estado, segundo um dos documentos. Dez dias depois, solicitação de mais 110 respiradores e 110 monitores multiparamétricos. Outros pedidos de monitores também haviam sido feitos anteriormente.

 

 

 

 

Conteúdo: UOL

Foto: Bruno Kelly/Reuters

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