setembro 16, 2024 16:22

RR: Esquerda articula aliança para tentar derrotar Denarium nas eleições de 2022

Roraima – Partidos de esquerda já iniciaram conversas com o objetivo de firmar aliança para tentar derrotar o governador de Roraima, Antonio Denarium (sem partido), nas eleições de 2022. O secretário-geral do PSOL em Boa Vista, Fábio Almeida, assegurou que o grupo já estuda possíveis nomes para a disputa pelo cargo majoritário.

Em entrevista a O Poder na última quarta-feira, 7, Almeida garantiu que o projeto político é de desenvolvimento humano para o Estado de Roraima.

“A ideia é que se possa construir uma frente da esquerda roraimense em torno da disputa das eleições de 2022, tendo em vista o projeto político que nós temos de desenvolvimento humano para o Estado de Roraima e há necessidade de nós apresentarmos esse programa para a sociedade”, garantiu, ao adiantar que o grupo quer ampliar a representatividade dentro da Câmara Federal, da Assembleia Legislativa e no Executivo Estadual.

De acordo com Almeida, a esquerda pretende entrar o ano de eleições já com uma decisão clara sobre que nomes podem ser indicados para disputar o pleito. “Queremos ter um nome competitivo ao Senado, ao Legislativo Estadual e termos claramente uma aliança competitiva para irmos ao segundo turno e ganharmos o governo do Estado de Roraima”.

Ele ponderou que a proposta é construir uma frente que envolva, principalmente, os partidos PSOL, PSTU, PCB, UP, REDE e PT, “que possuem, em nível local, uma posição muito clara de oposição a atual gestão do governo do Estado, tendo em vista a aliança que existe, não só política, mas programática, do governador [Denarium] com o governo Bolsonaro”, ressaltou Fábio Almeida.

Sem condições 

O político afirmou que as siglas PDT, PSB e do PC do B não estão em condições de integrar essa aliança ou frente única de esquerda, uma vez que atuam em favor da gestão de Denarium e ao projeto Bolsonarista que existe dentro do Estado. “[Ambos] prestam apoio a mineração, privatização da Caer [Companhia de Águas e Esgoto de Roraima] e do Mafir [Matadouro Frigorífico Industrial de Roraima]”, avaliou.

Para o secretário-geral do PSOL, “Denarium dá sustentação ao projeto político de desmonte do Estado, de privatização dos serviços públicos, entrega do patrimônio nacional e encarecimento do custo de vida para a classe trabalhadora, que se encontra cada vez mais usurpada dos seus direitos de trabalho”, pontuou. Ele destacou que é preciso mudança no cenário político e não dar continuidade a esse projeto liberal.

Articulações

Quanto às tratativas entre os partidos para as eleições de 2022, Fábio Almeida assegurou  que é um processo de diálogo, para que no segundo semestre deste ano a esquerda possa encaminhar mais claramente as posições. “Acredito que nós teremos condições de construir uma frente política com os partidos que comprovem ser viável eleitoralmente e no final do ano apresente uma proposta efetiva em busca de uma unidade contra o projeto liberal”.

A participação da esquerda nas eleições de 2018 foi representativa, segundo ele, tendo em vista a expressiva votação dentro do estado. Almeida citou também a votação de 2020, onde o número de votos no REDE e no PSOL demonstra uma viabilidade eleitoral majoritária. “Um projeto bem pensado, alicerçado e de ruptura com a política de privilégios que existe dentro do Estado, para poder dialogar com o povo e romper com essas oligarquias que há décadas dominam politicamente”, declarou.

Aliança

Questionado sobre a possível formação de um “chapão” para tentar derrotar Denarium na eleição de 2022, Fábio Almeida afirmou será apenas composto com siglas que possuem os mesmos princípios e ideologias do PSOL.

“É muito delicado, porque quando se discute essas frentes muito amplas, você parte do princípio de que vai abrir mão de princípios e na nossa ótica do PSOL, nós não podemos disputar uma eleição abrindo mão de princípios como, por exemplo, reforma administrativa. Nós não sentamos para discutir ou conversar com nenhum partido que apoia a reforma administrativa do governo federal”, explicou.

 

Anderson Soares e Neidiana Oliveira, para O Poder

Foto: Yasmin Castro/Ascom Sesduf-RR

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