Roraima – O senador Telmário Mota (Pros) entrou com uma ação na Justiça contra a prefeita de Mucajaí, Eronildes Gonçalves (PL), após ela dizer em vídeo que o parlamentar estaria mentindo sobre o envio de R$ 5 milhões destinados ao enfrentamento da Covid-19 no município.
A gravação em que a prefeita tenta desmentir o envio de verbas públicas do parlamentar foi divulgado nas redes sociais e compartilhado em grupos de WhatsApp. Ao ter acesso ao arquivo, Mota, em seguida, também fez um vídeo e rebateu a versão apresentada pela gestora de Mucajaí.
Não satisfeito, o senador pediu na Justiça que a prefeita pare de divulgar o vídeo em redes sociais ou qualquer outros meios de comunicação. Porém, conforme decisão proferida nesta semana pelo juiz substituto, Phillip Barbieux Sampaio, a solicitação foi negada.
Troca de farpas
Na gravação feita pela prefeita de Mucajaí, ela nega ter recebido recursos oriundos de articulação do senador. Eronildes afirma que esta não é a primeira vez em que o parlamentar declara ter destinado recursos para beneficiar a Saúde do município,
“O senhor insiste em dizer que enviou R$ 5 milhões para o combate do coronavírus em Mucajaí. Da outra vez que o senhor disse isso, eu, educadamente, falei que estava equivocado. Mas, já que insiste em reafirmar isso, agora eu quero dizer que o senhor está mentindo. Para o nosso município, o senhor nunca enviou nenhum real para combate ao coronavírus”, declara em vídeo.
Já o senador diz que a prefeita está enganada, pois quando votou no Congresso a lei Complementar 172 e 173, a medida provisória sob o n° 938/2020, havia uma estimativa para o município de Mucajaí em mais de R$ 5 milhões, informação que, segundo Mota, consta para consulta no Tesouro Nacional.
“Se a senhora não recebeu esse recurso, foi incompetência de sua gestão. A senhora me desculpe, mas eu tenho de estabelecer esta verdade. Por outro lado, continuo respeitando a senhora como prefeita e como mulher. Eu respeito muito as mulheres, mas Mucajaí precisa mais de gestão do que de fofoca”, rebate o parlamentar na gravação.
Anderson Soares, para O Poder
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