Roraima – Os três senadores de Roraima já utilizaram R$ 640.385,25 da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar em 2021, o conhecido ‘Cotão’, de acordo com levantamento feito pelo portal O Poder, nessa terça-feira, 27, no site do Senado Federal. O político que mais gastou foi Telmário Mota (PROS), com quase R$ 275 mil de despesas.
De janeiro a 27 de julho deste ano, Telmário gastou R$ 272.654,92, sendo R$ 140.091,33 com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis; R$ 66.180,00 com divulgação da atividade parlamentar; R$ 35.305,60 com passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais; R$ 29.526,54 com aluguel de imóveis para escritório político e R$ 1.551,45 com a aquisição de material de consumo. O político está na vaga desde 2015.
Nos sete primeiros meses do ano, o senador Mecias de Jesus (Republicanos) foi o segundo que mais comprometeu o ‘cotão’, contabilizando R$ 205.917,80. O site detalha que o político gastou R$ 75,6 mil com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis; R$ 70.864,72 com divulgação da atividade parlamentar e R$ 28.544,70 com a aquisição de material de consumo.
Além deste, R$ 27.128,42 foram comprometidos com passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais e R$ 1.279,96 com aluguel de imóveis para escritório político. Mecias está como senador de Roraima desde 2019 e segue até 2027.
O que, até o momento, menos registrou gastos neste ano foi o senador Chico Rodrigues (DEM) com R$ 161.812,53 em despesas. De acordo com a pesquisa feita pela reportagem, ele usou o montante expressivo de R$ 90,4 mil para a divulgação da atividade parlamentar; R$ 28.309,35 com passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais e R$ 25.248,00 para locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis.
O senador Chico Rodrigues ficou afastado do Senado após ser alvo de uma operação da Polícia Federal, deflagrada em outubro de 2020. O senador foi flagrado com R$ 30 mil na cueca. A operação apura irregularidades no uso de pelo menos R$ 20 milhões.
Chico tem despesas ainda com a contratação de serviços de apoio ao parlamentar, sendo R$ 17 mil e R$ 855,18 com aluguel de imóveis para escritório político e aquisição de material de consumo. O político assumiu a vaga no senado federal em 2019 e fica até 2027.
Maior cota
Conforme o site, o valor da cota é diferente para cada Estado da Federação, porque leva em consideração o preço das passagens aéreas de Brasília até a capital do Estado pelo qual o deputado foi eleito. Roraima é o que possui maior valor disponível, sendo R$ 45.612,53 para cada parlamentar.
O valor mensal do benefício deve ser utilizado para custear aluguel de imóvel, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carro, combustível, entre outras despesas. “O saldo mensal não utilizado em um mês acumula-se ao longo do exercício financeiro, vedada a acumulação de um exercício financeiro para o seguinte”, informa o site do Senado.
Reembolso
A utilização do benefício pode ser feita por meio de reembolso ou por débito no valor da Cota. “O parlamentar assume inteira responsabilidade pela nota fiscal que apresenta. Cabe à Câmara, no âmbito administrativo, verificar os gastos apenas quanto à regularidade fiscal e contábil da documentação comprobatória”, conforme informações do Congresso Federal.
Deputados federais
O portal O Poder fez também o levantamento de gastos da cota parlamentar dos oito deputados federais de Roraima e contatou uma despesa de R$ 1.461.814,89 à Câmara Federal, somente nos primeiros seis meses de 2021.
Todas as informações podem ser encontradas neste link.
Neidiana Oliveira, para O Poder
Foto: Divulgação/Montagem