outubro 11, 2024 13:48

RR: Novo secretário de Saúde deve pedir exoneração nos próximos dias, revela fonte

Roraima – Fontes próximas ao secretário de Saúde, Leocádio Vasconcelos, garantiram a O Poder, nesta quinta-feira, 5, que o gestor deve pedir exoneração até o fim da próxima semana. O titular da pasta estaria insatisfeito com os inúmeros problemas encontrados na Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), que é considerada o maior gargalo da gestão de Antonio Denarium (sem partido).

Ele foi nomeado pelo governador no dia 23 de julho, no lugar de Airton Cascavel, que teria pedido afastamento do cargo, alegando necessidade de se isolar para tratar a Covid-19, que teria contraído pela segunda vez. A Saúde de Roraima tem sido alvo de denúncias feitas pela população sobre a falta de estrutura, medicamentos, profissionais, gestão e outros fatores que são essenciais para o bom desenvolvimento do serviço público.

‘Dança das cadeiras’

A troca de cadeiras no primeiro escalão do governo de Antonio Denarium tem acontecido com frequência, não só na Saúde, mas em outras secretarias. Caso se confirme o pedido de exoneração de Leocádio Vasconcelos, o governador terá que ir em busca do décimo gestor para a Secretaria de Saúde de Roraima, em pouco mais de dois anos e meio de mandato.

Passagem

Esta é a terceira vez que Leocádio assume a pasta, inclusive quando o Tribunal de Contas do Estado (TCE) revelou o superfaturamento de R$ 5.157.324,51 na compra de materiais, ele estava à frente da secretaria.

Ele assumiu a gestão em 2011 e, na época, negou o esquema. O documento do TCE apontou, ainda, a possibilidade de dano de R$ 11 milhões ao Estado de Roraima. O superfaturamento teria ocorrido entre 2013 e 2014.

Em nota, a Secretaria de Comunicação Social negou a informação sobre a suposta troca no comando da Secretaria de Saúde.

Cascavel

Conforme informações de bastidores, o verdadeiro motivo da saída de Cascavel da Sesau seria a possível investigação sobre usurpação de função pública. Ele também foi convocado pela CPI da Pandemia para prestar esclarecimentos, mas foi beneficiado por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com “[…] o direito ao silêncio, isto é, de não responder a perguntas que possam, por qualquer forma, incriminá-lo […]”, cita trecho da decisão.

Cascavel assumiu a pasta no dia 3 de maio. Antes esteve como assessor especial do Ministério da Saúde, na gestão do general Eduardo Pazuello. Ele foi o oitavo titular da Saúde no atual governo, antes passaram Aílton Wanderley, Élcio Franco, Cecília Lorenzon, Allan Garcêz, Francisco Monteiro, Olivan Júnior e Marcelo Lopes.

A pasta é alvo de investigações sobre supostos esquemas de desvios de verbas destinadas ao combate à pandemia de coronavírus, inclusive existe a CPI da Saúde na Assembleia Legislativa, para apurar esta situação, e também ex-gestores da secretaria devem ser convocados a prestarem esclarecimentos à CPI da Pandemia.

Mesmo há poucos meses na Sesau, Cascavel deveria responder a questionamentos sobre a Saúde de Roraima, caso fosse decidida a convocação na CPI da Covid.

 

Neidiana Oliveira, para O Poder

Foto: Divulgação/Facebook

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