A Petrobras assinou nessa quarta-feira, 25,com o Grupo Atem, o contrato para a venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, no Amazonas, e seus ativos logísticos associados pelo valor de US$ 189,5 milhões (R$ 994,15 milhões). A refinaria é a segunda dentre as oito que estão em processo de venda a ter o contrato assinado.
Em 24 de março foi assinado o contrato de venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) na Bahia. A venda da REMAN está em consonância com a Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energética, que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país, e integra o compromisso firmado pela Petrobras com o CADE para a abertura do setor de refino no Brasil.
O processo de desinvestimento da Reman, aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras nesta data seguiu rigorosamente a Sistemática de Desinvestimentos aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O projeto de desinvestimento da refinaria foi aprovado em todas as instâncias da governança corporativa da Petrobras.
Rodrigo Costa, diretor de Refino da Petrobras destacou a importância da operação: “A assinatura do contrato de venda da Reman representa mais um passo importante para o processo de reposicionamento da atividade de refino na Petrobras. A companhia está investindo para se tornar mais competitiva e para se posicionar entre as melhores refinadoras do mundo, em termos de eficiência, desempenho operacional e produtos de alta qualidade”, explica Costa.
Após a venda das oito refinarias, conforme o compromisso firmado com o CADE, a Petrobras permanecerá como a maior empresa refinadora do país, com uma capacidade de refino de 1,15 milhão de barris por dia (bpd), com foco na produção de combustíveis mais eficientes e sustentáveis nas unidades mais próximas à produção de petróleo e aos maiores centros consumidores. Para isso, a Petrobras investirá em tecnologias para tornar suas refinarias duplamente resilientes, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. A projeção é dobrar, em 5 anos, a oferta nessas refinarias de Diesel S-10, de menor emissão, e a custos cada vez mais competitivos.
A partir do compromisso firmado com o Cade, a Petrobras definiu os ativos a serem vendidos no refino, por meio da gestão estratégica de portfólio. Neste processo, a Petrobras está desinvestindo para investir mais e melhor, focando em novos desafios, como nos campos em águas profundas e ultraprofundas do pré-sal e em inovações tecnológicas no parque de refino remanescente. A companhia está investindo para transformar recursos em riqueza, com ganhos revertidos para toda a sociedade. Os investimentos têm sido sistematicamente maiores que os desinvestimentos, tornando a Petrobras uma empresa ainda mais forte.
De acordo com Miquéias Atem, acionista e um dos fundadores da Atem, a gestão de portfólio que vem sendo implementada pela Petrobras para o mercado de refino permite reduzir a concentração e estimular a competição no setor. “A entrada de novos players possibilita uma quebra de paradigmas, capturando sinergias e dando viabilidade econômico-financeira a projetos antes preteridos. A aquisição da refinaria permitirá aprimorar o suprimento de combustíveis e derivados de petróleo e gás para a região de influência da Refinaria. Faremos isso de forma eficiente do ponto de vista logístico e sob condições comerciais isonômicas, sempre visando a otimização do mercado de combustíveis e o melhor interesse daqueles que atuam neste mercado.”
Próximos passos
Após a conclusão da operação, a Petrobras continuará operando a refinaria através de um contrato de prestação de serviços por um período transitório (Transition Service Agreement – TSA) enquanto o comprador estrutura seus processos e monta suas equipes. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional. A Petrobras e a Atem reafirmam o compromisso estrito com a segurança operacional na Reman em todas as fases da operação. Foram tomadas medidas para que não ocorra descontinuidade no fornecimento de gás natural, petróleo e GLP da região.
Os empregados da Petrobras que decidirem permanecer na companhia poderão optar por transferência para outras áreas da empresa. Outra possibilidade é a adesão ao Programa de Desligamento Voluntário, com pacote de benefícios. A Petrobras vem conduzindo os processos de desinvestimento com transparência e respeito aos empregados. A companhia divulga interna e externamente as principais etapas do processo e dá todo o apoio aos profissionais envolvidos. Nenhum empregado da Petrobras será demitido em decorrência da transferência do controle da Reman para o novo dono.
Por meio da gestão de seu portfólio, a Petrobras contribui ativamente para construção de uma economia mais competitiva e dinâmica e apoia a ideia da entrada de novas empresas no mercado brasileiro de refino e de exploração e produção de petróleo e gás. Ao mesmo tempo, a companhia seguirá investindo para estar entre as melhores refinadoras do mundo, em termos de eficiência, desempenho operacional e produtos de alta qualidade.
Da Agência Petrobras
Foto: Divulgação