novembro 16, 2024 13:59

Confiança da indústria registra segunda queda consecutiva

Ao longo do segundo semestre do ano passado, a indústria brasileira registrou recuperação. No entanto, o cenário está diferente devido as dificuldades encontradas para manter o ritmo de retomada neste ano.

De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), o resultado de setembro é atribuído à redução no otimismo para os próximos meses. Há também, conforme o estudo, uma acomodação da satisfação em relação à situação atual.

O Índice Situação Atual (ISA) caiu 0,2 ponto, para 109,2 pontos, o menor valor desde agosto de 2020, quando o indicador ficou em 98,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) teve redução de 1,0 ponto, para 103,6 pontos, o menor patamar desde maio deste ano (99 pontos).

“A pandemia de covid-19 resultou em uma grande instabilidade econômica global e uma consequência gravíssima é o desemprego”, afirmou a economista Bianca Rezende. “Os empresários de diferentes segmentos estão otimistas com a recuperação econômica. Por outro lado, alguns ainda vão preferir se ‘manter na defensiva’, uma vez que o momento pandêmico ainda pede cautela”, completou.

Na avaliação da economista, para este último trimestre do ano, os empresários pretendem reforçar os quadros funcionais e os estoques. “Mas esse otimismo ainda é tímido. O que pode acontecer é apenas um reforço para atender a atual demanda. Os índices ainda não serão fortes, embora a retomada da economia esteja crescente”, disse.

Variações

Entre os componentes do ISA, o Ibre/FGV aponta piora da situação atual dos negócios, com o indicador diminuindo 2,7 pontos, para 103,1 pontos, o menor desde agosto do ano passado (99,1). O indicador que mede a demanda total teve queda de 2,1 pontos, para 107,6 pontos. Já o nível de estoques subiu 4,1 pontos, para 116,0 pontos, o melhor resultado desde março (118,2).

Para os componentes do IE, a maior influência na queda do ICI em setembro foi a produção prevista para os próximos três meses, que diminuiu 1,5 ponto, para 99,7 pontos, o menor nível desde maio, quando o indicador ficou em 93,1 pontos. A perspectiva para os próximos seis meses reduziu 1,2 ponto, para 102,7 pontos.

As intenções de contratações reduziram 0,4 ponto no indicador de emprego previsto e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,5 ponto percentual, para 80,2%, o maior valor desde novembro de 2014.

 

Alyne Araújo, para O Poder

Com informações da Agência Brasil

Foto: Reprodução Shutterstock

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