setembro 7, 2024 20:59

Dólar fecha a R$ 5,5150, maior valor desde abril, e Bolsa ‘estaciona’

O mercado acionário brasileiro “andou de lado” mais uma vez nessa quinta-feira (7), quando o Ibovespa, índice de referência da Bolsa, subiu apenas 0,02%, a 110.585 pontos. É o terceiro pregão de estabilidade desde o recuo de 2,22%, à casa dos 110 mil pontos, na última segunda-feira (4).

Enquanto os investimentos seguem em ritmo lento, o dólar subiu 0,52%, a R$ 5,5150. É o maior patamar para a divisa americana em quase seis meses, desde que alcançou R$ 5,547 em 20 de abril.

A principal fonte de pressão da taxa de câmbio nos últimos dias vem do exterior, mas é reforçada por dados fracos da economia doméstica associados a um cenário político local instável, segundo Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest.

No exterior, os Estados Unidos devem reduzir estímulos econômicos e aumentar os juros básicos para frear a inflação. “O aumento dos juros dos títulos do Tesouro americano atinge em cheio as moedas emergentes”, diz Consorte.

No Brasil, onde o governo não consegue apresentar soluções para fechar o Orçamento de 2022 e garantir recursos para programas de distribuição de renda sem comprometer o equilíbrio fiscal, novas rodadas de dados econômicos continuam a revelar o fraco desempenho do país.

“As vendas do varejo de agosto, por exemplo, ficaram bem abaixo do esperado”, comenta Consorte. “Apesar de ser uma informação de retrovisor, é mais um banho de água fria para as projeções de crescimento. Ou seja, podemos esperar mais revisões para baixo em nosso PIB (Produto Interno Bruto).”

Os problemas não são novidade, mas vêm se agravando com a paralisia do governo diante de crises internas – a mais recente envolvendo a revelação de que o ministro Paulo Guedes (Economia) mantém empresa em paraíso fiscal.

Relatório divulgado na última quarta-feira, 6, pelo Citi aponta que os riscos fiscais domésticos superam os fatores externos como a principal causa de desvalorização da moeda brasileira, embora tenha destacado que o ambiente global para mercados emergentes deve ficar menos benigno. Na avaliação do Citi, o dólar fechará 2021 a R$ 5,47.

Com informações da Folha Press
Foto: Reprodução

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