fevereiro 24, 2025 08:59

CPI aprova requerimento para pedir suspensão de Bolsonaro nas redes sociais

A CPI da Covid aprovou hoje um requerimento feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que seja pedida a suspensão nas redes sociais do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em decorrência das falsas associações entre vacinas contra a covid-19 e aids.

O requerimento aprovado prevê pedidos para “transferência de sigilos, a suspensão de acesso a redes sociais e a retratação do presidente da República” após as declarações feitas em live na última quinta-feira (21). O Facebook e o YouTube já removeram o conteúdo com alegações falsas do ar.

Com a aprovação, a comissão acionará a Advocacia do Senado para protocolar uma representação contra Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) e na PGR (Procuradoria-Geral da República) pedindo a retratação e a suspensão das contas do presidente nas redes.

Em relação à quebra de sigilo, a CPI acionará o STF e a PGR para pedir às empresas Google, Facebook e Twitter o envio de dados sigilosos de Bolsonaro nas redes relativos a abril de 2020.

Um outro requerimento sobre o assunto, formulado pelo senador Alessandro Vieira, também foi aprovado e pede o envio das informações ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, “para que tome ciência da reiterada e flagrante conduta potencialmente criminosa do Sr. Presidente da República”. Moraes é o relator do chamado inquérito das fake news.

O requerimento cita em especial as declarações falsas na live da semana passada, alegando “grave prejuízo à garantia da ordem pública, contexto em que abundam provas de materialidade e indícios bastantes de autoria, determinando-se a retirada do conteúdo do ar e adotando-se as demais providências que entender pertinentes”.

Live banida das redes

Na última quinta-feira (21), em live semanal, o Bolsonaro mentiu ao dizer que pessoas que tomaram duas doses da vacina contra a covid-19 no Reino Unido estavam adquirindo e desenvolvendo aids mais rapidamente.

A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e a Unaids, programa das Nações Unidas de combate à aids criticaram a fala de Bolsonaro e ressaltaram que não se conhece nenhuma relação entre vacinas contra a covid-19 e o desenvolvimento da doença causada pelo HIV.

Três dias depois, o Facebook tirou do ar a live do presidente, afirmando que as políticas da rede social “não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”.

Ontem, após o Facebook e o Instagram terem tomado medidas restritivas, o YouTube também derrubou a live em que o presidente associava falsamente as vacinas contra a covid-19 à aids.

Em nota, o YouTube disse que, se Bolsonaro voltar a infringir as regras da plataforma, ficará suspenso de publicar conteúdos por 14 dias. Se, após o período e em um intervalo de 90 dias, continuar espalhando desinformação, terá o canal removido da rede.

Também ontem, o PSOL protocolou uma notícia-crime no STF (Supremo Tribunal Federal) por causa da mentira divulgada na live. No documento encaminhado à Justiça, o partido pede que o presidente seja responsabilizado por essa e outras mentiras anteriormente divulgadas.

Conteúdo:  Estadão 

Foto: Divulgação

 

Últimas Notícias

Polícia Federal faz operação no TJAM

Equipes da Polícia Federal estão nas ruas de Manaus desde as primeiras horas da manhã de hoje, 24. Os...

Mais artigos como este

error: Conteúdo protegido!!