Roraima – Após o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB), anunciar nesta semana o reajuste salarial de 9,02% para os servidores do Município, o delegado Francisco Araújo, da Polícia Civil, gravou um vídeo para parabenizar a atitude do gestor da capital e cobrar do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), o acréscimo na remuneração dos funcionários públicos do Estado.
Segundo o delegado, os servidores estão há sete anos sem a revisão geral anual. Além da Prefeitura de Boa Vista, Francisco disse que outros Poderes já fizeram o reajuste salarial, conforme previsto na legislação.
“Estou passando aqui para pedir em nome dos servidores públicos, concursados ou não. Eu sou servidor público e ‘pega’ no meu bolso, então eu tenho todo o interesse. Se a prefeitura está dando, e se o Estado que hoje, como o meu amigo [Denarium] mesmo gosta de dizer: tem dinheiro em caixa, tem aí milhões, conceda para nós servidores públicos efetivos e comissionados a devida revisão geral anual”, pediu.
Em outro trecho do vídeo, o delegado observou que por conta dos constantes aumentos dos mais variados produtos e itens os servidores estão a cada ano perdendo o poder de compra.
“Pelo amor de Deus, a inflação está aumentando e o nosso ganho vai diminuindo. Alguns irão dizer: ‘o delegado está reclamando’. Mas não é isso, não. Todo mundo tem direito ao benefício da revisão geral anual, está na lei. Só que aqui em Roraima a lei não vem sendo cumprida”, criticou.
Outra reivindicação
Também servidor de carreira da Polícia Civil, o deputado estadual Nilton Sindpol (Patriota) usou a Tribuna nesta semana para também elogiar o prefeito Arthur e cobrar uma atitude de Denarium em relação ao reajuste salarial.
De acordo com Nilton, mesmo garantido pela Constituição Federal, os servidores públicos do Poder Executivo estão sem ter a revisão salarial anual desde 2016.
“Isso significa que os servidores do Estado estão mês a mês tendo o seu poder de compra reduzido. Só para ter um termômetro neste ano de 2021, até o mês de setembro, nós temos uma inflação de 6.7”, analisou.
Anderson Soares, para O Poder
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