Roraima – A Escola Municipal Indígena Vicente André da Silva, da Comunidade Truarú da Cabeceira se destacou mais uma vez com o projeto “Peixinho Cará: Do lago ao prato”. Ao participar da 5ª edição da Feira Mineira de Iniciação Cientifica na última quarta-feira, 3, de forma online, a escola venceu em 1º lugar na categoria Destaque Protagonismo Infantil, ganhando certificado e o credenciamento para participar de La Copa Science, o evento de ciências mais importante do México.
A cerimônia de premiação ocorreu na manha desse sábado, 6, com transmissão ao vivo pelo canal oficial da Femic no youtube. Uma felicidade grande para a professora autora do projeto Ana Claudia Gino, e seus alunos Wesley Angelo e Dafnny Matias, que hoje estão no 1º ano do Ensino Fundamental e participaram da apresentação virtual na semana passada.
“O sentimento é de gratidão por estarmos com essa oportunidade em meio a pandemia, evidenciando a nossa educação indígena não só para o município e o estado mas a nível nacional e internacional. Muito feliz por mostrar a importância da nossa interculturalidade, da nossa origem e as nossas raízes. O comprometimento dos pais foi muito importante. Somos realmente vencedores por chegar tão longe com o projeto”, disse a professora Ana Claudia.
Um orgulho também para o prefeito de Boa Vista, Artur Henrique e para todos os profissionais da rede municipal de ensino. “É com muita alegria que recebemos a notícia que esse maravilhoso projeto, de autoria da nossa professora Ana Claudia e seus alunos da Vicente André, venceu a FEMIC 2021, elevando o nome da escola indígena e da rede Municipal para o Brasil e para o mundo”, parabenizou o prefeito.
Peixinho Cará
O projeto indígena já vem se destacando há dois anos, foi um dos vencedores da primeira edição da Feira Municipal de Iniciação Cientifica de Boa Vista em 2019, participou e conquistou o segundo lugar na Feira Estadual de Ciências de Roraima (FECIRR). Com o sucesso na feira estadual a turminha foi credenciada para a feira mineira e agora levará o projeto a patamares internacionais.
O projeto deu evidência a umas das práticas de sobrevivência mais comuns dos povos indígenas da comunidade Truarú da Cabeceira, que é a pesca do peixinho cará. Também destacando os mais variados pratos típicos preparados pelas famílias da região, como a damorida, peixe frito, cozido. Além disso, para as famílias da comunidade pescar o peixe cará no lago Aninga é pura diversão.
Da redação O Poder
Foto: Divulgação