Roraima – Durante sessão nesta terça-feira, 7, na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), vários deputados aproveitaram o uso da palavra para tecer duras críticas ao governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), pelo anúncio da queima de fogos no réveillon do Parque Anauá.
O primeiro a criticar foi o deputado Chico Mozart (Cidadania), autor da Lei nº 1.484/21, que proíbe a utilização, queima e a soltura de fogos de estampidos e de artifício, assim como de artefatos pirotécnicos que causem poluição sonora, como estouros e efeitos sonoros, em recintos fechados e ambientes abertos, áreas públicas e locais privados.
Crime
O parlamentar destacou que o governo do Estado está divulgando que haverá a queima de fogos na festa de fim de ano, mas, estará praticando um crime por haver, agora, lei que proíbe a prática em todo o estado de Roraima.
“Essa Casa aprovou por unanimidade e vossa excelência [Soldado Sampaio] promulgou a lei que proíbe a queima de fogos por estampidos. Nós não podemos agir aqui contra a lei. […] Isso tem um custo muito grande para o nosso Estado. Estamos falando em torno de 300 a 500 mil reais com queima de fogos. Vamos transformar esse dinheiro em cestas e ceia para aquelas pessoas que não terão o que comer”, sugeriu Mozart.
Proteção
Em seguida, a deputada Lenir Rodrigues (Cidadania) pediu espaço para também criticar Denarium. Ela explicou que a lei que proíbe a queima de fogos foi pensada para proteger os idosos, autistas, além dos animais. Segundo ela, todos sofrem com o barulho causado pelos rojões.
“Não é possível que as pessoas [Denarium] não tenha a sensiblidade para saber que um autista sofre muito quando se soltam os fogos. É bonito? É! Mas nós temos outras opções como os fogos sem ruídos”, disse a deputada ao reforçar que a lei que proíbe a soltura de fogos deve ser cumprida pelo Estado.
‘Dinamite na cadeira’
O deputado Jeferson Alves (PDT), ao concordar com os colegas de parlamento, afirmou que o exemplo tem de vir do próprio Executivo Estadual. Mas o que tem ocorrido é justamente o oposto.
“Já que o governador gosta tanto de barulho, de foguete, ele tem de tomar cuidado para que o povo não coloque uma dinamite na cadeira dele e tire ele ano que vem de lá [Palácio do Governo]. O que está acontecendo, o desrespeito com a população e saindo dele. Isso é uma coisa que é para repudiar”, lamentou Alves.
Anderson Soares, para O Poder
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