O deputado federal Átila Lins (PP-AM) anunciou que é contrário à PEC 32/2020 da reforma administrativa. Para Lins, toda discussão referente à Reforma gera muitos conflitos que poderiam ser evitados e os parlamentares poderiam ter mais tempo para estudar seu texto.
“Tenho defendido junto à bancada do meu partido Progressistas o adiamento para 2023 da discussão e apreciação da PEC 32/2020. A intolerância política que se observa no país, agora mais acalmada, não pode ser aumentada, com mais esse item que pode ser evitado no momento de pré-campanha que estamos vivendo”, explicou.
Conforme o parlamentar, com o adiamento será possível estudar mais profundamente a Lei e buscar o entendimento total sobre a mesma, levando em consideração o cenário de crises sanitárias, econômicas e sociais que o Brasil enfrenta. Segundo Átila Lins, a PEC cria duas categorias e pode gerar uma nova crise.
“Sou contrário à reforma administrativa que mexe com os direitos dos servidores públicos, mesmo para os futuros servidores. Não quero criar duas classes de servidores, com a mesma atribuição, uns com direitos e outros sem direitos. Não advogo incluir servidores dos três poderes, sem o aval destes poderes”, disse.
Outro ponto levantado pelo deputado federal para direcionar a sua decisão é que ele não vê interesse por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) com a pauta da Reforma Administrativa. “Parece-me mais uma proposta da área econômica – leia-se Paulo Guedes e sua equipe- pensando muito na sua política liberal, em detrimento da tranquilidade dessa importante categoria de trabalhadores . Não contem comigo”, avisou.
Priscila Rosas, para O Poder
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Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins