O aumento de 83% da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), o popular “Cotão”, aprovado durante votação relâmpago dos vereadores na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Manaus (CMM), deve acabar na Justiça. Os vereadores Rodrigo Guedes (PSC) e Amom Mandel (União Brasil) anunciaram na segunda-feira, 27, que vão ajuizar uma Ação Judicial contra a medida.
Rodrigo Guedes afirmou que entre os pontos de argumentação do processo está à questão da moralidade, um dos princípios básicos disposto na Constituição da República Federativa do Brasil, que deve ser garantido pelo Poder Público.
“Ingressarei com a ação para que possamos tentar derrubar esse aumento do cotão. Obviamente, que com a argumentação da questão moral, que é incidente sobre o direito, princípio da moralidade pública, mas também por falhas e violações no processo legal que aprovou o aumento do cotão e fez com que a Câmara Municipal de Manaus fosse noticiada negativamente para todo o País”, afirmou.
Guedes destacou ainda que acredita ser improvável que os outros parlamentares decidam por conta própria voltar atrás na decisão. “Esperamos que a Justiça análise os argumentos e decida de acordo com as provas apresentadas. Certamente ofereceremos o maior conjunto de provas possível, então há a possibilidade de a Justiça compreender a questão moral incidente, porque isso não está afastado do direito, mas é uma interpretação subjetiva do juiz. E também a questão legal para que possamos resguardar o interesse público”, ressaltou.
Votação relâmpago
O aumento no Cotão foi aprovado na última sessão plenária deste ano. Tramitando em regime de urgência, o Projeto de Lei nº 673/2021 recebeu o voto contrário de apenas dois parlamentares além de Rodrigo Guedes: Raiff Matos (DC) e Carpê Andrade (Republicanos). Com o aumento, a verba disponibilizada aos parlamentares será de R$ 33 mil, para usos como combustível, divulgação parlamentar e aluguel de automóveis.
Redação O Poder
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