Roraima – No ano passado, os seis vereadores que integram a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) gastaram, juntos, quase R$ 2 milhões da Verba Indenizatória. O montante é referente apenas aos primeiros 11 meses de 2021, já que as informações referentes a dezembro ainda não constam na transparência da Casa Legislativa.
Dos seis vereadores, Aderval da Rocha (PSD), mais conhecido como ‘Vavá do Thianguá’, foi o que mais gastou: R$ 333.643,10. Porém, desta quantia, ele recebeu reembolso de R$ 324,7 mil. Ele, por exemplo, usou R$ 110 mil apenas com assessoria e consultoria jurídica. Além disso, foram mais R$ 82.500,00 com a divulgação de atividades parlamentares.
Em seguida, o presidente da Câmara, Genilson Costa (SD), se destaca. Ele declarou gastos na ordem de R$ 327.006,00, mas recebeu R$ 324,7 mil de reembolso, já que ultrapassou o limite permitido por lei. Genilson gastou com assessoria e consultoria jurídica e divulgação da atividade.
O vereador Ilderson Pereira Silva (PTB) também figura entre os que mais gastaram. Ele registrou despesas que somam R$ 325.698,00. Desta quantia, foi indenizado em R$ 324,7 mil. Dos gastos, os maiores foram com consultoria e assessoria de imprensa (R$ 82.500,00); divulgação da atividade em geral (R$ 66.000,00); consultoria e assessoria jurídica (R$ 108.200,00) e serviços de contabilidade (R$ 55,000,00).
Com gastos semelhantes aos demais, outros dois vereadores que também fazem parte da Mesa Diretora e que tiveram despesas elevadas, Aline Rezende (PRTB) foi ressarcida em R$ 315.484,48 e José Albuquerque (Rede) R$ 324.000,00.
‘Menos gastona’
Dos seis vereadores que fazem parte da Mesa Diretora, Juliana Garcia (PSD) foi a que menos gastou, porém, não ficou tão abaixo dos demais. Ela teve despesas na ordem de R$ 311,5 mil para várias finalidades. No entanto, recebeu de verba indenizatória R$ 309,9 mil.
A verba
Conforme levantamento feito pelo O Poder, o valor exato de gastos dos seis parlamentares foi de R$ 1.937.332,39. Desse montante, foram ressarcidos R$ 1.923.484,48.
A verba indenizatória é uma cota para custear despesas no exercício das atividades parlamentares, como o pagamento de conta de telefone, divulgação em geral e até serviços de contabilidade. De janeiro a setembro de 2021, a verba indenizatória era de R$ 28,3 mil. Após aprovação, o valor passou para R$ 35 mil.
Anderson Soares, para O Poder
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