O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve manter o valor de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral no Orçamento de 2022. Há alguns dias, uma ala do governo passou a trabalhar para resgatar o montante inicialmente estabelecido pelo Congresso, de R$ 5,7 bilhões.
Segundo fontes ouvidas pela CNN, no entanto, a decisão neste momento foi a de não recompor o aumento dos recursos para as campanhas, evitando que o próprio presidente seja alvo de críticas.
O prazo para a sanção do Orçamento termina nesta sexta-feira, 21. Bolsonaro deve vetar R$ 3,1 bilhões em despesas aprovadas pelo Congresso para recompor gastos que foram subestimados. A CNN apurou que o esforço do Palácio do Planalto foi para evitar que esses cortes atingissem emendas parlamentares. Um dos movimentos em discussão era o de cortar parte desses recursos das chamadas emendas de comissão.
O Orçamento prevê R$ 3,6 bilhões para essas despesas, sendo que R$ 1,7 bilhão corresponde à reserva para a concessão de reajuste a servidores públicos. O governo decidiu manter esses recursos preservados. Ou seja, sobraria R$ 1,9 bilhão dessa dotação para ser cortado. A ideia é que o corte de despesas saia de despesas discricionárias de alguns ministérios.
Embora os recursos para o reajuste de servidores deva ser preservado, integrantes do governo dizem que ainda não há uma definição sobre como o presidente Jair Bolsonaro vai usar o valor.
Conteúdo: CNN Brasil
Foto: Carolina Antunes/PR