Roraima – Dois meses após lançar a campanha ‘O Dinheiro é Seu’, para que a população roraimense denuncie deputados estaduais que estariam praticando o crime de ‘rachadinha’, Jaser Renier (SD), até o momento, se mantém em silêncio sobre os resultados e informações obtidas.
O Poder entrou em contato com a assessoria de comunicação do deputado na manhã desta segunda-feira, 31, para questionar quantas denúncias teriam sido recebidas e quais os procedimentos que foram ou ainda seriam adotados, mas, até a publicação da matéria, não houve resposta.
O deputado anunciou a Campanha ‘O Dinheiro é Seu’ no dia 1° de dezembro de 2021, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), pouco tempo depois de ser protocolado na Casa dois pedidos de cassação do mandato dele por quebra de decoro parlamentar.
Jalser é apontado pelo Ministério Público de Roraima como mandante do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em outubro de 2020.
Com a possibilidade de perder o mandato e sem contar com o apoio da maioria dos deputados, em dezembro do ano passado, o ex-presidente da ALE-RR Jalser Renier partiu para ataques e chegou a afirmar que, pelo menos, 80% dos colegas de parlamento ficam com parte do dinheiro de servidores.
Além de tentar ‘intimidar’ os colegas, Jalser também requereu a troca da deputada Catarina Guerra (SD) da vice-presidência da Comissão de Ética. Segundo fontes, a atitude era clara tentativa prejudicar o avanço do processo de cassação do mandato. No entanto, os planos foram frustrados pelo presidente da ALE, Soldado Sampaio (PCdoB), que negou o pedido.
‘Sumido’
O deputado Jalser passou a acalmar os ânimos e ficar calado após decisão do desembargador Mozarildo Cavalcanti, do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), que suspendeu a audiência para ouvir o parlamentar pela Subcomissão de Ética da Casa Legislativa.
Desde então, o processo de cassação do deputado segue parado. A liminar do desembargador Mozarildo Cavalcanti, que segundo fontes é amigo pessoal de longa data de Jalser, determinou que o processo de cassação só continue após o trânsito no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Da Redação O Poder
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