É aguardado para esta terça-feira (8) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, proíba as importações russas de petróleo, gás natural e carvão para os Estados Unidos, de acordo com três fontes familiarizadas com a decisão.
Os EUA farão o movimento unilateralmente, sem seus aliados europeus, devido ao desacordo entre as nações europeias sobre a proibição da energia russa. Os países da UE (União Europeia) têm uma exposição significativamente maior à energia russa do que os EUA.
Autoridades norte-americanas decidiram, dada a extrema pressão política interna, que poderiam agir sem a coalizão e não criar grandes problemas.
O anúncio deve ser feito às 12h45 de hoje.
Sem gás para Europa
Na segunda-feira (7), um alto funcionário russo ameaçou cortar o fornecimento de gás natural da Europa em resposta a possíveis proibições de importação de petróleo que Moscou pode enfrentar em breve por causa da invasão à Ucrânia.
“Em conexão com as acusações infundadas contra a Rússia … e a imposição da proibição do Nord Stream 2, temos todo o direito de tomar uma decisão espelhada e impor um embargo ao bombeamento de gás através do gasoduto Nord Stream 1, que hoje é carregado em o nível máximo de 100%”, disse o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, em um discurso televisionado, sobre a decisão dos reguladores alemães no mês passado de interromper a certificação do segundo gasoduto da Gazprom, Nord Stream 2.
A Rússia fornece cerca de 40% do gás da Europa. A Alemanha, a maior economia do bloco, depende da Rússia para quase 50% de seu gás natural. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse no domingo (6) que os EUA e aliados estão explorando ativamente maneiras de proibir as importações de petróleo russo, o que prejudicaria ainda mais a economia da Rússia, enquanto tenta lidar com sanções econômicas incapacitantes.
O Ocidente tem relutado até agora em impor sanções significativas ao setor de energia da Rússia por causa de como isso pode afetar a economia global, mas agora está se aproximando de fazê-lo, à medida que a Europa trabalha para diversificar suas fontes de energia.