Roraima – Inaugurado no dia 11 de março deste ano, em ritmo de campanha eleitoral, o Bloco E do Hospital Geral de Roraima (HGR) não tem funcionários suficientes para o pleno funcionamento. As denúncias são de funcionários efetivos do governo de Roraima, que também garantem que faltam equipamentos e insumos. “Ainda é um verdadeiro elefante branco”.
Segundo uma das fontes, o Bloco E continua com apenas 30% da capacidade funcionando, mesmo após denúncia de servidores. Essa denúncia, inclusive, foi publicada pelo O Poder no dia 23 de março.
Nessa terça-feira, 12, os servidores voltaram a procurar O Poder para fazer novas denúncias. “Não tem servidores suficiente para abrir as 10 salas de cirurgia, os leitos de UTI e nem os demais leitos de enfermaria”, revelou, revoltado um funcionário público do Estado, que presta serviço no hospital.
O servidor afirmou, também, que ainda que houvesse profissionais para atender toda a demanda as salas ainda não estariam funcionando por conta da falta de materiais. “Falta muito material nas salas, falta muita coisa”, lamentou.
Assim como na primeira denúncia, os servidores reforçaram que a inauguração do bloco foi puramente eleitoreira, já que o governador Antonio Denarium (PP) tentará a reeleição.
Durante o megaevento de inauguração, deputados e senadores ‘Denaristas’ partiram para o ataque contra os adversários do governador e esqueceram diversas denúncias contra o sistema público de Saúde do Estado ao afirmarem que a inauguração era um marco na história de Roraima.
Os denunciantes questionaram também a falta de planejamento do governo em inaugurar a obra sem ter funcionários para atender em todo o hospital. “Foi inaugurado e aí? Não tem funcionário, qual o motivo de num ter concurso pensando nesse hospital?”, questionou.
‘Normalmente’
Procurada, a Secretaria de Saúde minimizou as denúncias dos servidores e afirmou que a ocupação de leitos do Bloco E do Hospital Geral segue normalmente conforme planejado.
“Atualmente, encontra-se ocupado o primeiro piso no novo anexo, bem como a UTI que funciona no terceiro piso”.
Sobre o efetivo, a pasta garantiu que está com processos seletivos em andamento “com a finalidade de reforçar o quadro de profissionais da rede pública de saúde do Estado”.
Por fim, a nota destaca que tem “realizado de forma contínua a aquisição dos insumos necessários para reforçar a realização de procedimentos cirúrgicos e que o novo bloco tem recebido equipamentos para o funcionamento das especialidades oferecidas pela unidade”.
Álik Menezes, para O Poder
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