Roraima – Em uma nova licitação, o presidente da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), Genilson Costa (SD), investigado pela Polícia Federal por supostamente contribuir com uma organização criminosa, pretende gastar pelo menos R$ 1,8 milhão na contratação de uma empresa especializada em serviços de agenciamento de passagens aéreas nacionais e internacionais.
No ano passado, o presidente da Câmara havia autorizado a abertura de uma licitação, na modalidade Pregão Presencial, número 002/2021, para a contratação deste mesmo serviço. No entanto, a estimativa de gastos era de R$ 200 mil, bem inferior aos quase R$ 2 milhões previstos na nova licitação.
Apesar da grande diferença de valores, ambas as licitações possuem as mesmas especificações de serviços a serem contratados como, por exemplo, a reserva, emissão,
marcação/remarcação, cancelamento e endosso de passagens. Nos dois casos, é destacada a “necessidade de atender a demanda do Poder Legislativo”.
As informações dos dois contratos, inclusive o edital, constam no portal da transparência da Câmara de Boa Vista. Conforme apurado pelo O Poder, a primeira licitação ocorreu por meio do processo administrativo 104/2021, enquanto o mais recente, lançada em 10 de março, foi pelo processo n°025/2022.
Justificativa
Conforme o edital, a contratação do serviço visa atender a necessidade de deslocamento dos vereadores e servidores da Casa Legislativa, quando eles forem participar de eventos de capacitação, congressos de suma importância para a administração pública, bem como visitas técnicas, reuniões, encontros, solenidades.
“Também na realização de treinamentos destinado ao aperfeiçoamento profissional, além de qualquer outra necessidade de deslocamento aéreo, para tratar de assuntos de interesse municipal com deputados, senadores, ministros e outras autoridades públicas” destaca trecho do edital.
Esclarecimento
O Poder entrou em contato com a Câmara de Boa Vista para questionar sobre a nova licitação e a estimativa de gasto superior ao previsto na licitação do ano passado, mas não obteve respostas até a publicação da matéria.
Anderson Soares, para O Poder
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