Entre as denúncias feitas pelos vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta quarta-feira, 27, contra empresas que prestam serviços de qualidade duvidosa em Manaus, uma foi, no mínimo, curiosa e confusa. O vereador William Alemão (Cidadania) resolveu “defender” um motorista de aplicativo ao mesmo tempo em que o criticou por não levar uma criança por causa da cadeira de rodas.
“Eu não vou falar nomes do motorista ou da mãe, mas espero que a comissão tome providências. Ontem, uma mãe com seu filho cadeirante pediu um Uber e no porta-malas do carro tinha um pneu e o motorista se negou a levar a cadeira de rodas”, relatou o vereador.
O parlamentar explicou que a mãe da criança chegou a pedir ao motorista para levar a cadeira de rodas no banco de trás do carro, mas o pedido foi negado porque iria sujar. A mulher pediu que o motorista cancelasse a corrida, o que não foi atendido.
Para o parlamentar, a culpa não é da empresa. “Mais um ‘desserviço’ prestado por uma empresa grande. Porque, afinal de contas, não adianta culpar o motorista. Isto é fruto da ingerência de uma empresa que só penaliza o motorista”, lamentou. “Provavelmente, o motorista se preocupou porque não tinha como falar para Uber sobre a corrida que ele não fez. Mas isso são indagações minhas porque eu acredito em respeito”, finalizou Alemão, que pediu para a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência tomar providências.
“Eu tenho muito respeito pelas pessoas que trabalham em aplicativo, mas tem um relato que o condutor não quis levar criança com deficiência. Eu queria fazer um apelo aos colegas que militam nessa causa porque pode ser necessária uma lei nesta Casa para quem não cumprir os protocolos ficar fora do mercado de trabalho. Esse é meu repúdio para pessoas ruins da Uber”, pediu Sassá da Construção Civil (PT).
O Pequeno Expediente desta quarta-feira, 27, da Câmara Municipal de Manaus (CMM) resumiu-se em denúncias levadas pelos parlamentares na tribuna do plenário Adriano Jorge, votação de projetos e vetos da Prefeitura de Manaus e tribuna popular de políticas públicas para os idosos.
Priscila Rosas, para O Poder
FOto: Robervaldo Rocha/CMM