Roraima – A Justiça de Roraima aceitou denúncia contra Jalser Renier e policiais militares investigados pelo sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em 2020. Na decisão dessa quarta-feira, 8, o juiz Cláudio Roberto de Araújo, da 1ª Vara Criminal de Boa Vista, manda citar e intimar os acusados para responderem à acusação no prazo de 10 dias.
O juiz também manteve a prisão preventiva dos suspeitos que agora passam a ser réus perante à justiça.
“Os fatos narrados na denúncia são de extrema gravidade concreta e denotam a necessidade da manutenção da segregação cautelar dos acusados. O fato de os acusados estarem segregados há cerca de 8 meses, por si só, não demonstra haver excesso de prazo na persecução penal, pois o requisito do lapso temporal da prisão preventiva deve ser analisado de uma forma ampla, acobertando todas as peculiaridades do caso concreto”, argumentou o magistrado em trecho da decisão.
Os réus são: Jalser Renier Padilha; Moisés Granjeiro De Carvalho; Natanael Felipe De Oliveira Junior; Paulo Cezar De Lima Gomes; Vilson Carlos Pereira Araéjo; Nadson José Carvalho Nunes; Clovis Romero Magalhães Souza; Gregory Thomaz Brashe Junior; Thiago De Oliveira Cavalcante Teles e Luciano Benedito Valério.
Os réus respondem pela prática de 07 crimes: Violação de domicílio qualificada, cárcere privado, roubo majorado, dano qualificado, constituição de milícia privada, tortura/castigo qualificada e sequestro qualificado.
O Ministério Público do Estado de Roraima atua no processo pela 1ª Promotoria de Justiça Criminal com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado(GAECO).
Romano dos Anjos foi sequestrado de dentro da própria casa na noite de 26 de outubro de 2020. Os criminosos levaram o jornalista usando o carro dele, que foi encontrado horas após queimada. Romano só foi encontrado apenas no dia seguinte.
Jalser Renier é apontado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, responsável pela operação Pulitzer, como mandante do crime. Os policiais eram lotados na Assembleia Legislativa de Roraima, quando Jalser era presidente da Casa.
Da redação O Poder
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