fevereiro 5, 2025 22:00

RR: Após denúncias do O Poder, maquiadora da primeira-dama agora cumpre expediente no HGR

RoraimaApós série de denúncias de servidores efetivos da Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau) publicadas pelo O Poder, a maquiadora da primeira-dama Simone Denarium, identificada como Suene Dias, que não aparecia para trabalhar há um ano, agora cumpre expediente no Hospital Geral de Roraima (HGR).

O Poder recebeu as primeiras denúncias de que Suene Dias não ‘pisava’ no HGR para trabalhar no início de fevereiro deste ano. Conforme funcionários efetivos da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), a nomeação de Suene é exemplo da influência que a esposa do governador exerce na administração pública do Estado. Suene não trabalhava há mais de um ano, segundo os denunciantes.

Conforme as fontes, Simone Denarium foi quem “arrumou” um cargo para Suene em 2019 e garantiu que ela fosse promovida para outro cargo em 2021 com remuneração bruta de R$ 6 mil.

A mulher é lotada no HGR desde junho de 2021. No cargo comissionado, a amiga da primeira-dama tem remuneração bruta de R$ 6.771,74, sendo R$ 5.209,03 de salário, R$ 1.458,53 GETS e mais R$ 104,18 de GETS-004. Segundo a denúncia, Suene exerce o cargo de gerente de Ensino e Pesquisa do Hospital Geral de Roraima.

“Nos estávamos cientes que essa mulher jamais apareceria aqui para trabalhar, mas para nossa surpresa ela voltou a aparecer por aqui há mais ou menos um mês. Desde então, ‘tá’ cumprindo o expediente todo lá no setor dela. A gente não sabe se trabalha, mas pelo menos vindo ela está”, disse um servidor.

Segundo outro servidor, Suene chegou a aparecer no HGR no mesmo dia em que O Poder publicou a primeira denúncia. Ela estava completamente desesperada e foi orientada a voltar a cumprir expediente no setor em que deveria trabalhar. “Se não tivesse denúncia publicada no portal, com certeza ela ainda estaria em casa sem sequer vir aqui”, finalizou.

Silêncio

Além da maquiadora da primeira-dama, o sobrinho de Suene também foi alvo de denúncias de servidores. Ele também seria uma espécie de funcionário fantasma. Nas duas ocasiões, após receber as denúncias, O Poder entrou em contato com o governo do Estado para questionar e saber se haveria uma investigação para apurar os fatos. A Secretaria de Comunicação nunca se manifestou.

 

Álik Menezes, para O Poder

Foto: Divulgação 

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