O ex-vereador de Manaus, Chico Preto (Avante), menosprezou o parecer contrário do Ministério Público Eleitoral (MPE) à sua candidatura avulsa. Por meio das redes sociais, o político tem “forçado” uma empatia da opinião pública a seu favor com vídeos com críticas ao órgão ministerial, aos concorrentes diretos na eleição e divulgação do seu número para o Senado.
Até a publicação desta matéria, o possível candidato não está registrado no sistema de Divulgação de Candidatura e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “O que o Ministério Público fez não foi tomar uma decisão, quem decide é o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O Ministério Público deu uma opinião”, explicou.
“A batalha está no início. Desistir não é uma opção. Quem decide é o Tribunal Regional Eleitoral. A opinião do Ministério Público não tira o Chico Preto da eleição”, garantiu o político em vídeo.
Chico Preto também falou sobre “perseguição injusta” e criticou os outros candidatos ao Senado, inclusive o escolhido pela coligação liderada pelo União Brasil, Coronel Menezes (PL). O partido que Chico Preto está filiado é um dos mais importantes da coligação “Aqui é trabalho”.
“A manifestação do MP Eleitoral opinando pelo indeferimento da minha candidatura não me tira da eleição. Essa é a verdade. Sigo com a campanha aguardando o julgamento do TRE-AM”, escreveu em outra rede social.
A procuradora regional eleitoral Catarina Sales Mendes Carvalho informa que Chico Preto não está entre os candidatos escolhidos pelo Avante para disputar o cargo de senador, conforme a ata da convenção da sigla. O registro de candidatura do ex-parlamentar não possui o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP), para os cargos de Senador, 1º e 2º suplentes. Nem mesmo com a intimação, o Avante respondeu ao MPE sobre o caso de Chico Preto. O documento está aqui.
Priscila Rosas, para Portal O Poder
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