A afirmação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que cobrará apoio das igrejas evangélicas para as campanhas de vacinação contra a covid-19 causou divisão entre os religiosos. A bancada evangélica chegou a emitir nota de repúdio à fala do petista, no entanto, o documento não é uma unanimidade perante os membros da igreja.
“Eu pretendo procurar várias igrejas evangélicas e discutir com o chefe delas. ‘Olha, qual é o comportamento de vocês nessa questão das vacinas?’. Ou vamos responsabilizar vocês pela morte das pessoas”, declarou Lula durante reunião com representantes da área da saúde na quinta-feira (24).
Para o presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Lula demonstra intuito de perseguir preconceituosamente a comunidade evangélica. Ainda de acordo com o parlamentar, discursos como esse reforçam a necessidade de continuar levando a sociedade a refletir sobre os fundamentos e os princípios que nortearão a República.
“Diante do fatídico caso, a FPE vem a público repudiar toda e qualquer ação ou ato de discriminação e ou preconceito, principalmente de intolerância religiosa, bem como reafirmar seu compromisso de zelar pela equidade e a defesa do direito liberdade de escolha não só de comunidade Evangélica, mas de todo o povo brasileiro”, diz trecho da nota.
O documento também foi compartilhado pelo deputado federal Silas Câmara (Republicanos), que é forte aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL). Mesmo sem o apoio da comunidade evangélica ao longo período eleitoral, o presidente eleito aproximação e diálogo com o segmento.
Da Redação O Poder
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