O que antes era apenas especulação tornou-se fato. Com o pedido de retirada da ação do PL, os homens fortes da sustentação do governo Bolsonaro abandonaram o barco. As duplas do Progressistas e do Republicanos pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retirada da ação sobre as urnas durante as eleições.
Agora, Arthur Lira e Ciro Nogueira, pelo Progressistas, e Edir Macedo e Marcos Pereira, pelo Republicanos, emitem fortes sinais de aproximação com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Logo após a divulgação do resultado das eleições presidenciais, no último dia 30, Pereira, que preside o Republicanos, parabenizou o petista pela vitória no pleito.
Por sua vez, Arthur Lira teve um encontro amistoso com Lula no dia 9 deste mês. Na reunião, um dos temas discutidos foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. O presidente da Câmara dos Deputados também parabenizou a vitória de Lula e afirmou que é necessário “haver diálogo”.
Republicanos e Progressistas ingressaram com recurso na Corte para escaparem da multa de R$ 22,9 milhões e do bloqueio do fundo partidário imposto pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. As siglas alegaram que não endossam o argumento do PL e não foram consultados pelo partido sobre a ação que questiona as urnas.
Os três partidos formaram a coligação nas eleições. Nesta semana, o PL acionou o TSE para apresentar uma auditoria com supostas falhas no sistema das urnas, no entanto, não apresentou provas.
Da Redação O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro