outubro 30, 2024 17:33

Bradesco recorre da venda de bens de trio da Americanas

O Bradesco enviou uma manifestação ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) solicitando que o trio de acionistas da Americanas – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira – seja impedido de vender seus bens e se desfazer de patrimônios. 

Segundo o advogado do banco Walfrido Jorge Warde Júnior, os executivos da varejista devem ser proibidos de “alienar ativos com o propósito de frustrar futura ação de seus credores”. 

No texto, o Bradesco define a situação da Americanas como a maior fraude corporativa da história do Brasil e tece acusações à cúpula de acionistas da varejista. 

“Sérgio Rial (ex-CEO da Americanas) levou 10 dias para encontrar as inconsistências contábeis, os controladores, verdadeiros gênios do capital, à frente da companhia há quatro décadas, nada viram? Nem seus homens e mulheres de confiança?”, questionou o banco

“A alta administração e os controladores já orientaram a companhia para resistir a todo custo perante o Judiciário, a fim de impedir a identificação dos responsáveis pelo ocorrido. Agem deliberadamente no sentido de ocultar, de obstruir a apuração dos fatos”, diz o Bradesco. 

Em referência a esse histórico de comportamentos do trio de acionistas, o banco alega que devem ser aplicadas medidas mais duras para impor um efetivo plano de pagamento aos credores. 

A manifestação enviada na quinta-feira, 23, faz parte do processo movido pela instituição bancária contra a varejista. O Bradesco é um dos maiores credores da Americanas e alega que a companhia deve R$ 4,7 bilhões.

O Bradesco tem se destacado como um dos credores mais agressivos da varejista. Em 26 de janeiro, a Justiça de SP atendeu a um pedido feito pelo banco para uma operação de busca e apreensão nos e-mails dos funcionários da área de contabilidade e finanças, diretores e integrantes de conselhos de administração e auditoria da Americanas. 

Contudo, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a suspensão da busca e apreensão do conteúdo das caixas de e-mails institucionais de atuais diretores e de executivos que passaram pela Americanas nos últimos 10 anos. A decisão atendeu a um pedido da rede varejista.

 Veja o documento na íntegra.

 

Da Redação com informações do Poder 360

Ilustração: Neto Ribeiro/Portal O Poder 

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