Segundo fontes da Reuters, a Justiça aceitou na quinta-feira (13) o pedido de recuperação judicial feito pelo Grupo Petrópolis no final de março. A juíza Elisabete Longobard, da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, emitiu a decisão. A empresa alega ter uma dívida em torno de R$ 4,2 bilhões, sendo R$ 2 bilhões relacionados a operações financeiras e R$ 2,2 bilhões com fornecedores e terceiros.
Os advogados do grupo afirmam que a Petrópolis enfrenta uma crise há 18 meses, com queda no volume de vendas desde 2021. A cervejaria vendeu 31,2 milhões de hectolitros de bebida em 2020, mas esse número caiu para 26,4 milhões e 24,1 milhões de hectolitros em 2021 e 2022, respectivamente. A redução nas vendas foi acompanhada pelo aumento da taxa Selic, que teve um impacto de cerca de R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa do grupo.
De acordo com a cervejaria, a crise de liquidez gerou a necessidade de R$ 360 milhões em capital de giro até o final do mês passado. Até 10 de abril, o valor subiu para R$ 580 milhões, segundo o jornal O Globo. O Grupo Petrópolis é o terceiro maior fabricante cervejeiro do Brasil e possui marcas como Itaipava, Cabaré, Petra, Crystal, Lokal, Black Princess, Weltenburger, Brassaria Ampolis, vodkas Blue Spirit Ice e Nordka, Cabaré Ice, energéticos TNT Energy Drink e Magneto, refrigerante It!, isotônico TNT Sports Drink e água Petra. Fundado em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, é a maior empresa com capital 100% nacional do setor.
Com informações da Money Times, Portal O Poder